Estima-se que o templo tem mais de 2.600 anos e abrigou um poderoso celeiro
Wallacy Ferrari Publicado em 17/02/2020, às 09h31
Arqueólogos desenterraram um templo da Idade do Ferro em Tel Motza, próximo a Jerusalem. A escavação completa foi concluída em 2012, mas os especialistas tomaram ciência do templo no inicio da década de 1990. Desde então, análises meticulosas são feitas para descobrir a origem e a data da construção.
Segundo arqueólogos da Universidade de Tel Aviv, o edifício foi construído em 900 a.C. e operou por 300 anos. As datas coincidem com a proibição da adoração fora do Templo de Salomão, em Jerusalem, que aconteceu entre os séculos VIII e VII a.C., questionando a afirmação bíblica de que o Templo de Salomão seria o único disponível na região.
Anexado a um celeiro onde movimentavam e armazenavam grãos por via de silos, esse templo não era monoteísta, mas adorava principalmente a Yahweh, deus bíblico do antigo Reino de Israel. Com a movimentação econômica gerada pelos grãos, acredita-se que a igreja era poderosa em sua época. A estrutura fica a cerca de 6 quilômetros de Jerusalem.
O arqueólogo Shua Kisilevitz, da Universidade de Tel Aviv, relaciona a construção e o tipo de adoração nele realizadas com o significado econômico da região na Idade do Ferro. “[A estrutura] serviu de ponto focal para a atividade cúltica, pois a população em geral não era permitida no próprio templo” afirmou Kisilevitz em entrevista a Live Science.
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