Manifestação contra o assassinato de 3 curdos acaba em confusão em Paris - Reprodução/YouTube/EuroNews
Paris

Suspeito de assassinar curdos em Paris admite ter 'ódio pelos estrangeiros'

O homem de 69 anos foi acusado e preso por racismo após o ataque

Redação Publicado em 26/12/2022, às 18h35

Nesta segunda-feira, 26, o homem de origem francesa suspeito de matar a tiros três curdos e ferir outros três em Paris foi acusado formalmente e encaminhado à prisão, onde irá aguardar o julgamento, segundo anúncio de fontes judiciais publicadas pelo jornal O Globo. O caso ocorreu na última sexta-feira, 23.

A polícia local passou a considerar o ocorrido como um crime de racismo, depois que o homem afirmou para os policiais, após sua detenção e encaminhamento para um centro psiquiátrico, de que ele era “racista”. 

Em uma nota divulgada pela promotora de Paris Laure Beccuau, ela também acrescentou que o acusado afirmou sentir um “ódio pelos estrangeiros que se tornou completamente patológico", depois que foi vítima de um assalto em 2016.

Ataque

O ataque supostamente cometido pelo ex-condutor de trem aposentado deixou três vítimas no centro de Paris: Mir Perwer, artista e refugiado político, Emine Kara, líder do Movimento das Mulheres Curdas na França, e outros dois homens.

Ainda de acordo com O Globo, seis das cinco pessoas envolvidas são de nacionalidade turca e uma francesa. Além disso, as três outras vítimas não correm risco de vida e já deixaram o hospital.

Em 2017, o acusado havia sido condenado por porte ilegal de armas e, em dezembro de 2021, foi acusado de violência premeditada e de carater racista.

Manifestações

A AFP, agência de notícias global, informou que centenas de pessoas foram até a região em que o crime aconteceu para fazer uma caminhada em homenagem às vítimas. Velas, flores, fotografias e pequenos altares também foram montados nas ruas. 

Alguns manifestantes gritavam “Nossos mártires não morrem” em forma de protesto, enquanto outros entoavam o slogan “Mulheres, vida e liberdade”, que também está presente nos atos antigovernamentais no Irã.

A comunidade curda ainda condenou o ataque e classificou o ato como “terrorista”.

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