Lily Ebert, de 97 anos, criou um perfil para responder questões sobre o período em que esteve em campo de concentração, mas passou a ser atacada
Fabio Previdelli Publicado em 25/05/2021, às 11h28
Sobrevivente do Holocausto, a húngara Lily Ebert, de 97 anos, resolveu criar uma conta no aplicativo TikTok para responder algumas perguntas e revelar curiosidades sobre o período em que viveu em um campo de concentração.
Porém, como explica matéria publicada pelo UOL, com os recentes conflitos entre Israel e Palestina, Lily, que já contou sua história em diversos documentários e que no ano passado conheceu um soldado americano que a libertou na Segunda Guerra, vem recebendo inúmeros comentários com discurso de ódio e antissemita.
“Feliz Holocausto”, dizia um deles. “Você pode perguntar a ela se Israel existia quando ela saiu da Alemanha?”, disse outro. “Pergunte se ela acha que o tratamento dado aos palestinos lembra o tratamento que ela recebeu no campo”, questionou mais um.
Devido as inúmeras mensagens, seu bisneto, que a auxilia nas gravações, publicou em seu Twitter um print com os diversos comentários que Ebert recebeu. "Nos últimos dias, minha bisavó (sobrevivente de Auschwitz) e eu continuamos a receber mensagens de ódio no Tiktok e no Twitter", escreveu.
“Não permitiremos que isso nos impeça de educar sobre os horrores do passado e a que o ódio pode nos levar. O ódio só gera ódio”, completou.
Over the past few days my great Grandmother (Auschwitz survivor) and I have continued to receive messages of hate on Tiktok and Twitter.
— Dov Forman (@DovForman) May 16, 2021
We will not allow this to stop us from educating about the horrors of the past, and what hatred can lead to.
Hate only breeds hate. https://t.co/BYuka397KR pic.twitter.com/b0Lx0f8gLI
Após a denúncia, a Liga Anti-Difamação saiu em defesa da húngara, dizendo que os vídeos postados por ela em nenhum momento tinham conotação política ou se referia aos recentes episódios que atingem a Faixa de Gaza.
“À medida que a violência entre Israel e o Hamas continua a aumentar, estamos testemunhando um aumento perigoso e drástico do ódio antijudaico aqui mesmo em casa", declarou Jonathan Greenvlatt, CEO da ONG Judaica que tem sede nos Estados Unidos.
De acordo com matéria publicada no New York Post, entre os dias 7 e 14 de maio, período em que os bombardeio se intensificaram na região, a Liga Anti-Difamação registrou mais de 17 mil comentários no Twitter com a menção “Hitler estava certo”.
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