Embora a figura faça parte da cultura greco-romana, os pesquisadores acreditam que o item pertencia a um judeu
Isabela Barreiros Publicado em 29/10/2020, às 15h16
Escavações realizadas perto do Muro das Lamentações, em Jerusalém, revelaram um pequeno artefato impressionante. Arqueólogos desenterraram um selo de gema de pelo menos 2 mil anos de idade que possui um retrato peculiar: o de Apolo, deus greco-romano.
Já foram descobertos mais três artefatos desse tipo na região, mas não com a representação em questão. Antigamente, a principal função do entalhe era estampar um selo, geralmente em cera de abelha, como forma de assinatura pessoal.
“Quando encontramos a pedra preciosa, nos perguntamos o que Apolo está fazendo em Jerusalém?”, disse o arqueólogo Eli Shukron. Embora o retrato seja de uma figura de outra cultura, acredita-se que o objeto pertencia a um judeu. O pesquisador então questionou: “por que um judeu usaria um anel com o retrato de um deus estrangeiro?”.
“A resposta, em nossa opinião, está no fato de que o dono do anel o fez não como um ato ritual que expressa crença religiosa, mas como uma forma de aproveitar o impacto que a figura de Apolo representa: luz, pureza, saúde e sucesso”, explicou.
O professor Shua Amorai-Stark acrescentou: “No final do período do Segundo Templo, o deus do sol Apolo era uma das divindades mais populares e reverenciadas nas regiões do Mediterrâneo Oriental. [...] é provável que a associação com o sol e a luz tenha fascinado alguns judeus, visto que o elemento luz versus escuridão estava presente com destaque na cosmovisão judaica daqueles dias”.
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