A Comissão Internacional Independente de Inquérito sobre a Ucrânia da ONU também apontou sequestros de crianças e estupros cometidos pelas tropas russas
Eduardo Lima, sob supervisão de Ingredi Brunato Publicado em 16/03/2023, às 13h48
A Comissão Internacional Independente de Inquérito sobre a Ucrânia da ONU chegou à conclusão que o exército russo, desde o início da invasão da Ucrânia no ano passado, cometeu crimes de guerra como tortura, sequestro de crianças e estupros no território ucraniano. A Comissão chegou a apontar para crimes contra a humanidade, mas essa denúncia precisaria ser mais investigada.
Essas informações estão sendo publicadas nesta quinta-feira, 16, em Genebra, cidade da Suíça que serve como sede da ONU. Entre os crimes de guerra citados pelo documento estão ataques a civis e infraestrutura relacionada à energia, assassinatos intencionais, confinamento ilegal, tortura, estupro e outras violências sexuais e deportações de crianças.
Segundo a coluna do jornalista Jamil Chade no UOL, os dados sobre as violações de direitos humanos na Guerra da Ucrânia provavelmente vão aumentar a pressão internacional sobre o governo de Vladimir Putin, com governos do Ocidente usando as conclusões da Comissão para pressionar outros governos a saírem da neutralidade.
A Comissão Internacional Independente de Inquérito sobre a Ucrânia visitou 56 localidades e entrevistou 348 mulheres e 247 homens sobre o conflito. Evidências encontradas pela equipe da ONU mostram que as tropas russas cometeram assassinatos intencionais de pessoas que não estavam envolvidas em nenhum combate, o que é considerado um crime de guerra.
[Aconteceram] inúmeros casos de estupro e violência sexual baseada em gênero cometidos pelas autoridades russas quando elas realizavam visitas de casa em casa em localidades que estavam sob seu controle e durante o confinamento ilegal", explicou o relatório das Nações Unidas.
A Comissão também investigou possíveis violações de direitos humanos da Ucrânia, e encontrou "um pequeno número de violações" que inclui alguns prováveis ataques indiscriminados e dois incidentes onde prisioneiros de guerra russos foram baleados, feridos e torturados.
O relatório afirma que todas as violações e crimes devem ser investigadas e precisam ter seus autores responsabilizados.
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