As informações foram entregues por um político anônimo ao jornal The New York Times
Joseane Pereira Publicado em 17/11/2019, às 08h00
Segundo textos publicados pelo jornal The New York Times, a China criou campos de detenção na região de Xinjiang, no sul do país, onde muçulmanos deveriam se livrar do "vírus do extremismo religioso". Os dados são provenientes de 403 páginas entregues por um informante anônimo, que afirma ser membro da política e querer que os líderes do Partido Comunista paguem por seus atos.
Segundo os textos, o presidente chinês Xi Jinping teria afirmado a líderes da região que era preciso ser severo e não demonstrar misericórdia. O presidente teria comparado o extremismo islâmico a um vírus e a uma droga viciante, e seu envolvimento na criação dos campos data de 2014.
Em agosto de 2016, os campos teriam se expandido na região de Xinjiang, que fica próxima à fronteira com o Paquistão, Afeganistão e a Ásia Central. Segundo os textos, mais de um milhão de pessoas foi detida nas instalações desde 2017, passando por meses de interrogatórios e doutrinações que visavam o abandono de sua religião e apoio ao Partido Comunista.
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