As cores e padrões florescentes eram possivelmente usados para rituais de caça, acasalamento e até mesmo para cuidar de filhotes
Pamela Malva Publicado em 11/03/2020, às 17h00
Ainda que muito do que conhecemos sobre dinossauros atualmente venha de estudos profundos, é difícil determinar a exata aparência desses animais. Foi pensando nisso que alguns cientistas criaram uma nova teoria, publicada na revista Historical Biology.
Segundo os doutores Cary Woodruff, Darren Naish e Jamie Dunning, é muito provável que algumas espécies de dinossauros tenham aproveitado de uma rara capacidade de brilhar no escuro. Para os cientistas, os animais pré-históricos usavam suas cores fluorescentes para caçar, acasalar e criar seus filhotes.
A nova teoria foi baseada não apenas na capacidade que pássaros e répteis modernos têm de enxergar a luz ultravioleta, mas também na existência do Borealopelta. O dinossauro, que viveu há 110 milhões de anos, apresentava materiais fluorescentes em seus espinhos.
Com 5,5 metros, o fóssil do animal apresentava uma grande quantidade de queratina em seus ossos. Quando exposta à luz ultravioleta, o componente químico adquiria tons e padrões específicos de cores que brilhavam no escuro.
Ainda que os tons fluorescentes possam ter sido resultado do processo de fossilização — a partir do acúmulo de determinados produtos químicos — a coloração pode ser verdadeira. No caso do animal especulado pelos cientistas, seus chifres poderiam brilhar no escuro para possíveis rituais de acasalamento.
Confira as cores do suposto dinossauro quando exposto à luz ultravioleta:
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