Um retrato perdido do poeta Arthur Rimbaud, desenhado por Paul Verlaine em 1872, gerou uma disputa acirrada em um leilão na França
Redação Publicado em 07/12/2024, às 13h40
Um retrato perdido do poeta Arthur Rimbaud, desenhado por Paul Verlaine em 1872, gerou uma disputa acirrada em um leilão na França. A obra, que retrata o jovem poeta em silhueta com cabelos longos, chapéu de aba reta e fumando um cachimbo, ficou desaparecida por 130 anos.
Segundo informações do jornal The New York Times, ela foi descoberta recentemente no espólio de Hugues Gall, ex-diretor da Fundação Claude Monet e figura notável no mundo da ópera. O desenho foi encontrado entre diversos itens valiosos, incluindo móveis art nouveau, desenhos de Jean Cocteau, e até malas Louis Vuitton e Goyard.
Verlaine, que assinou a obra com as iniciais "P.V.", fez o retrato de Rimbaud, então com 17 anos, em 1872, um período marcado por um relacionamento conturbado entre os dois.
Eles haviam se conhecido em 1871, e o retrato foi realizado pouco antes de decidirem morar juntos em Bruxelas e Londres, onde viveriam até 1873. Esse foi um momento criativamente fértil para Rimbaud, que escreveu algumas de suas obras mais importantes, como "O Barco Ébrio" e "Uma Temporada no Inferno".
O retrato de Rimbaud era uma das poucas representações visuais do poeta, que preferia se esconder da fama e não permitia que imagens suas fossem feitas. O desenho foi publicado pela primeira vez em 1895 na obra "Poésies Complètes" de Rimbaud e se tornou uma das ilustrações mais conhecidas dele na França.
No entanto, seu paradeiro permaneceu um mistério até ser descoberto no espólio de Gall, após sua morte em maio de 2024. O retrato foi leiloado na casa de leilões Hôtel Drouot, em Paris, no dia 2 de dezembro de 2024, conforme conta o New York Times.
Inicialmente estimado entre 100.000 e 200.000 euros, o desenho foi vendido por 585.000 euros (cerca de R$ 3.510.000), um recorde mundial para um desenho de Verlaine. A obra foi adquirida por um colecionador privado, cujo nome não foi revelado. A venda foi parte de uma coleção de Hugues Gall, que arrecadou um total de 1,4 milhão de euros em leilões.
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