Fóssil de mamute que viveu há 50 mil anos foi exibido nesta segunda-feira, 23, na Universidade Federal do Nordeste em Yakutsk
Giovanna Gomes Publicado em 23/12/2024, às 12h17
Pesquisadores russos encontraram os restos quase intactos de um filhote de mamute com cerca de 50 mil anos no extremo norte da Rússia. Apresentada nesta segunda-feira, 23, a fêmea foi batizada de "Iana", em homenagem ao rio próximo à área de sua descoberta, na região de Yakutia. O fóssil foi exibido na Universidade Federal do Nordeste em Yakutsk.
"A conservação excepcional deste mamute nos surpreendeu a todos: não há perda de cabeça, tromba, orelhas ou boca, nem danos ou deformações visíveis", destacou Anatoli Nikolaïev, reitor da universidade, em comunicado oficial, de acordo com a AFP.
Iana, possivelmente o mamute mais bem conservado já encontrado, pesa 180 quilos, mede 1,2 metro de altura e quase dois metros de comprimento. A descoberta é celebrada pela comunidade científica como uma oportunidade única de estudar o desenvolvimento dos mamutes, suas adaptações ao ambiente, as condições paleoecológicas de seu habitat e outros aspectos.
De acordo com os pesquisadores, a idade exata do filhote ainda será determinada, mas estima-se que tinha "cerca de um ano ou pouco mais" no momento de sua morte. O corpo foi encontrado na estação de pesquisa de Batagaika, uma área já conhecida por revelar fósseis de animais pré-históricos.
Antes de Iana, apenas seis esqueletos de mamutes haviam sido recuperados no mundo — cinco na Rússia e um no Canadá. Em Yakutia, uma região remota e gelada com área equivalente à da Argentina, o permafrost preserva restos de diversas espécies pré-históricas, principalmente mamutes.
Nos últimos anos, a estação de Batagaika também desenterrou fósseis de cavalos, bisões e até a múmia de um filhote de leão das cavernas, ampliando o entendimento sobre a fauna da era glacial.
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