Sepulturas descobertas entre 2014 e 2019 - Divulgação / University of Western Australia
Naufrágio

Restos de vítimas de naufrágio são descobertos por arqueólogos após quase 400 anos

O naufrágio aconteceu em 1629, mas só se tornou conhecido em 1647 com a publicação de diários instigantes

Isabelly de Lima, sob supervisão de Ingredi Brunato Publicado em 10/05/2023, às 18h03 - Atualizado às 18h44

Em 1629, se deu o naufrágio do navio da Companhia Holandesa das Índias Orientais, chamado Batávia, que ocorreu perto das ilhas do Oceano Índico. Contudo, foi somente quase 20 anos depois, em 1647, que o caso se tornou conhecido.

O responsável por isso foi Jan Jansz, que publicou os diários de um homem chamado Francisco Pelsaert — que era um dos comandantes da embarcação. Seus diários de bordo tiveram nove edições impressas, sendo a última publicada em 1664.

O destino da embarcação naufragada era Jacarta, na Indonésia, e cerca de 340 pessoas estavam a bordo. A tragédia marítima é considerada hoje como um dos desastres mais famosos da história da Austrália.

Foi justamente em Jacarta que a maioria dos corpos foram encontrados, principalmente por ser o território mais próxima do naufrágio, que fica localizada a 1,8 quilômetros ao sul da Ilha de Beacon.

Descobertas históricas

Uma equipe de pesquisa internacional realizou um trabalho arqueológico entre 2014 e 2019, com o estudo resultante dos esforços científicos tendo sido publicado no Historical Archaeology, sendo liderada por arqueólogos da Universidade da Austrália Ocidental e do Museu da Austrália Ocidental. Ele reavaliou os locais relacionados ao naufrágio do navio Batávia, fazendo um achado surpreendente. 

De acordo com a Galileu, foram descobertos os restos mortais de 12 vítimas enterradas em valas coletivas e individuais, assim como evidências de uma luta feroz entre sobreviventes e um grupo de amotinados. O exame desses restos humanos podem revelar informações acerca das práticas de tratamento e enterro das vítimas.

As sepulturas foram achadas na parte central da Ilha Beacon, e os túmulos sugerem um cemitério em funcionamento, que podem conter vítimas que faleceram dias após a embarcação afundar. O autor e professor Alistair Paterson, da Escola de Ciências Sociais da UWA e do Oceans Institute da Austrália, disse em nota que:

Além das descobertas subaquáticas, o que descobrimos em terra contribuiu para nossa compreensão das respostas comportamentais dos sobreviventes, incluindo seu movimento inicial do naufrágio para as ilhas próximas, as lutas que enfrentaram e a mudança na dinâmica de poder entre amotinados e sobreviventes".
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