O crânio sem mandíbula do indivíduo foi encontrado por arqueólogos na Suécia em 2012
Isabela Barreiros Publicado em 25/06/2020, às 17h15
Em 2012, arqueólogos descobriram crânios de mais de dez homens e uma criança na cidade de Motala, no centro-leste da Suécia. Os pesquisadores escavaram o fundo de um pequeno lago que existia na região antes da existência do município e que secou ao longo dos anos. Duas das cabeças foram fincadas em estacas que saíam pela beirada do lago.
O artista forense sueco Oscar Nilsson decidiu fazer uma reconstrução facial de um dos crânios, que estava sem mandíbula quando foi encontrado no local. Ele fez uma tomografia computadorizada (TC) da descoberta e imprimiu uma cópia em 3D e utilizou ainda informações genéticas e anatômicas para construí-lo.
O homem fazia parte um grupo de caçadores e coletores que tinha herança genética de pessoas que vieram para a Escandinávia. Com esses dados, foi possível sugerir que a aparência dele consistia em olhos azuis, cabelos castanhos e pele clara, estando em por volta dos 50 anos de idade.
"No entanto, neste caso, não havia mandíbula", disse Nilsson. "Então, a primeira coisa a reconstruir foi a mandíbula". Nesse caso, ele mediu o busto do indivíduo e conseguiu gerar o osso que provavelmente se parecia com o verdadeiro.
Além disso, o artista também usou de sua criatividade e da associação com os ossos de ursos pardos, javalis, veados e alces encontrados com eles para criar uma roupa para o homem. "Ele usa a pele de um javali. Podemos ver de como foram encontrados os crânios humanos e mandíbulas de animais que claramente significavam muito em suas crenças culturais e religiosas", explicou.
O indivíduo também tem uma mecha de cabelo na parte de trás de seu crânio, que revela uma cicatriz de cerca de 2,5 cm.
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