Anel gasoso circulando no disco espiral principal da galáxia NGC 4632 - Reprodução / Jayanne English, Nathan Deg e WALLABY Survey, CSIRO / ASKAP, NAOJ / Subaru Telescope
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Raros anéis polares são descobertos em duas galáxias diferentes

Um estudo divulgado nesta quarta-feira, 13, divulgou a rara descoberta astronômica

Redação Publicado em 13/09/2023, às 19h23 - Atualizado às 19h42

Um abrangente estudo de observação do cosmos revelou uma descoberta rara: a presença de duas possíveis galáxias com anéis polares. Esses resultados foram documentados por uma equipe internacional de cientistas e divulgados na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, nesta quarta-feira, 13.

As galáxias em questão são identificadas como NGC 4632 e NGC 6156. Elas consistem em anéis de estrelas e gás dispostos perpendicularmente a um disco espiral. A detecção dessas galáxias ocorreu durante uma investigação abrangente de mapas de gás hidrogênio em mais de 600 delas.

Este estudo foi realizado como parte da pesquisa WALLABY, usando o radiotelescópio australiano ASKAP (Australian Square Kilometer Array Pathfinder), operado pela CSIRO, a agência científica nacional da Austrália. A cientista Baerbel Koribalski, da CSIRO, explicou que NGC 4632 é uma galáxia espiral rica em hidrogênio frio, que é o combustível para a formação de estrelas.

Por outro lado, a galáxia NGC 4632 possui um anel cuja massa de hidrogênio representa aproximadamente metade do sistema e provavelmente foi adquirida de uma galáxia companheira. As imagens dessas galáxias gasosas foram geradas por Jayanne English, especialista em fotografia astronômica da Universidade de Manitoba, no Canadá.

Criação das imagens

Ela utilizou dados do telescópio Subaru, no Havaí, bem como informações do projeto WALLABY. Para criar as imagens, foi necessário compor elementos que não são visíveis a olho nu. Por exemplo, o componente frio do gás hidrogênio só pode ser observado na faixa de "luz" de rádio, capturada pelo ASKAP, segundo a Galileu.

Em uma das imagens produzidas pela equipe, a emissão do anel foi separada da emissão de rádio proveniente do disco da galáxia, empregando ferramentas de realidade virtual. O gradiente de cores presente no anel representa os movimentos orbitais do gás, com tons roxos na parte inferior indicando o gás que se aproxima do observador, enquanto a parte superior mostra o afastamento.

Nathan Deg, autor principal do estudo, enfatizou que essas detecções sugerem que as galáxias com anéis polares de gás podem ser mais comuns do que se pensava anteriormente. “De um a três por cento das galáxias próximas podem ter anéis polares gasosos, um número muito superior ao sugerido pelos telescópios ópticos”, disse ele.

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