Escavações na região da antiga Babilônia, no Iraque, revelaram centenas de artefatos, incluindo tábuas cuneiformes e selos
Giovanna Gomes Publicado em 21/10/2024, às 15h46 - Atualizado em 23/10/2024, às 07h33
Escavações lideradas pelo arqueólogo Quhtan Abbas Hassan Aboud na histórica província da Babilônia, no Iraque, resultaram na descoberta de 478 artefatos, revelando novas informações sobre duas eras distintas: o período sassânida e a antiga Babilônia. A escavação segue em andamento no distrito de Al-Fayadiya, e oferece uma rara oportunidade de explorar a evolução de uma das civilizações mais antigas do mundo.
A área de escavação foi dividida em dois setores, chamados A e B. O setor A, que abrange cerca de 6.000 metros quadrados, apresentou duas camadas arqueológicas.
A camada superior está relacionada ao período sassânida (224-651 d.C.), mas sofreu danos devido à erosão e à atividade humana. Já a camada mais profunda, datada da antiga Babilônia (1894-1595 a.C.), está em melhor estado de preservação, proporcionando uma visão mais detalhada da vida urbana dessa era.
O setor B, que cobre uma área maior de 9.000 metros quadrados, revelou-se ainda mais promissor. Escavações ali descobriram duas unidades residenciais com cômodos de tamanhos variados, que poderiam ter sido usados para diferentes propósitos, como moradia, armazenamento ou trabalho. Essas estruturas são consideradas exemplos típicos de lares babilônicos.
Conforme informações do portal Archaeology News, entre os artefatos encontrados, destacam-se vasos de cerâmica, tábuas de escrita cuneiforme e selos cilíndricos, de acordo com a fonte.
O sistema cuneiforme, uma das formas mais antigas de escrita, proporciona uma rica fonte de informações sobre a governança, comércio e práticas religiosas da antiga Babilônia. Algumas das tábuas de argila descobertas eram utilizadas como documentos legais e, muitas vezes, eram envoltas em uma camada externa de argila, uma forma primitiva de envelope.
Os selos cilíndricos, esculpidos com símbolos detalhados, eram utilizados para assinar documentos ou marcar propriedades, sendo ferramentas essenciais em todos os níveis da sociedade babilônica. De acordo com a fonte, esses selos, geralmente feitos de pedra, também refletem o desenvolvimento da arte e da cultura visual da época, apresentando iconografia detalhada que permite aos historiadores traçar a evolução do simbolismo babilônico.
Segundo a Autoridade Geral de Antiguidades e Patrimônio do Iraque, essas descobertas são um avanço significativo na compreensão do desenvolvimento urbano e da cultura material da antiga Babilônia.
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