A guerra contra a Ucrânia teria uma pausa de 36 horas para celebrar o Natal ortodoxo
Isabelly de Lima, sob supervisão de Wallacy Ferrari Publicado em 05/01/2023, às 14h59
Vladimir Putin, o presidente da Rússia, ordenou o primeiro cessar-fogo entre a guerra com a Ucrânia. Ele também sugeriu que Kiev fizesse o mesmo, mas o país ucraniano rejeitou a proposta, que considerou hipócrita. O Kremlin informou detalhes da “trégua” temporária.
Segundo o Kremlin, os ataques ao longo das frentes de batalha serão suspensos a partir do meio-dia (6h em Brasília), desta sexta-feira, 6. A ideia é facilitar a comemoração do Natal ortodoxo, que é celebrado no sábado, 7. Os ataques ficarão suspensos por 36 horas.
Putin diz que seguiu uma orientação do patriarca da Igreja Ortodoxa russa, seu aliado político, Cirilo, que foi criticado por apoiar a ação militar contra os ucranianos. O comunicado informa que Putin disse:
A partir do fato de um grande número de cidadãos de fé ortodoxa moram nas áreas das hostilidades, pedimos ao lado ucraniano para declarar um cessar-fogo e permitir a eles participar dos serviços na véspera e no dia do Natal".
Em ambos os países, a população é majoritariamente cristã ortodoxa, ainda que Kiev tenha recusado a autoridade de Cirilo desde 2019. O Natal ortodoxo é celebrado em janeiro pois as denominações da igreja mantiveram o calendário juliano, que deixou de ser usado no Ocidente em 1582.
No Twitter, o assessor presidencial Mikhailo Podoliak afirmou que a proposta do patriarca da igreja era "uma armadilha cínica e elemento de propaganda. De acordo com a Folha de S. Paulo, após o comunicado de Putin, ele escreveu: "A Federação Russa deve deixar os territórios ocupados, e só aí haverá uma trégua temporária. Guarde a hipocrisia para si".
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