Asquith Xavier desafiou as normas racistas da época e mudou para sempre a legislação trabalhista
Caio Tortamano Publicado em 24/09/2020, às 15h30
Uma placa em homenagem ao maquinista Asquith Xavier será feita em Londres, ele foi um dos maiores símbolos da luta pela igualdade racial na Inglaterra por conta de um episódio na década de 1960. Mesmo com uma política racial de somente contratar maquinistas brancos, Xavier se inscreveu no processo seletivo para guiar o trem da estação de Euston.
O homem, que vinha do Caribe e tinha experiência trabalhando como um guarda, negociou com a União Nacional dos Maquinistas e, em agosto de 1966, foi aceito para o serviço e começou a trabalhar na estação. A situação gerou grande repercussão, até chegar ao Parlamento, que dissolveu leis que proibissem o emprego de pessoas pela cor de sua pele.
Tendo falecido na década de 80, a memória de Xavier é perpetuada por sua neta, Maria, que agradeceu publicamente pela homenagem que será colocada em Chatham, local onde ele vivia. A neta acredita que a placa irá relembrar “as conquistas de meu avô nas relações raciais britânicas e na legislação trabalhista”.
Em entrevista à BBC, Mick Cash, secretário geral do sindicato Ferroviário, Marítimo e de Transporte do Reino Unido, disse: "Devemos muito àqueles que desafiaram o racismo nas ferrovias em uma época em que ele era onipresente.", garantindo que o legado do homem será para sempre lembrado.
Terra pode ter tido anel semelhante ao de Saturno, sugere estudo
Batman receberá estrela na Calçada da Fama de Hollywood
Entenda como buracos negros supermassivos podem "matar de fome" as galáxias
'João Sem Deus': Minissérie sobre condenado líder espiritual estreia na TV
Eva Hart, a menina que sobreviveu ao naufrágio do Titanic
Descoberta de quartel de 3.200 anos revela espada com inscrição sobre Ramsés II