Um complexo com artefatos cotidianos foi revelado em escavações na véspera do Dia de Jerusalém
André Nogueira Publicado em 19/05/2020, às 10h17
Um time de arqueólogos descobriu um complexo domiciliar de 2.000 anos junto ao Muro das Lamentações em Jerusalém, Palestina. A impressionante descoberta revelou salas subterrâneas que teriam sido seladas pelos bizantinos no século 7. A escavação ocorreu na malha de Beit Straus, acima dos saguões dos túneis do monumento israelita.
A revelação traz informações inéditas sobre o cotidiano na cidade antes da destruição do Segundo Templo Judaico, revelando uma série de objetos do dia a dia local. Trata-se de uma estrutura de dois quartos e um pátio aberto, que pode ter sido utilizada como residência ou silo. "Esta é uma descoberta única", afirmam Barak Monnickendam-Givon e Tehila Sadiel em comunicado.
“É a primeira vez que um sistema subterrâneo é descoberto próximo ao Muro das Lamentações. Você deve entender que há 2.000 anos em Jerusalém, como hoje, era costume construir em pedra. A questão é: por que tais esforços e recursos foram investidos em salas de corte subterrâneas na rocha dura? O rico conjunto de descobertas reveladas nesta escavação lança luz sobre a vida cotidiana dos moradores da cidade antiga.”
Segundo os pesquisadores israelenses, foram encontrados vasos de barro para cozinha, núcleos de lamparinas a óleo, uma caneca de pedra tradicional e uma bacia lítica e litúrgica para água (qalal). A descoberta ocorreu na véspera do Dia de Jerusalém, data comemorada por Israel em referência à total ocupação e controle militar da Cidade Santa em 1967.
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