Pequeno quarto encontrado em subúrbio rico tinha condições precárias e falta de higiene; veja fotos!
Fabio Previdelli Publicado em 21/08/2023, às 11h02
No último final de semana, o Ministério da Cultura da Itália anunciou uma importante descoberta em villa Civita Giuliana, em Pompeia, que foi afetada pela erupção do Monte Vesúvio no ano de 79 d.C..
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Na região foi localizado um quarto com duas camas, mas apenas um colchão, que ajuda a entender como era a vida das pessoas escravizadas antes de serem enterradas pelas cinzas.
No subúrbio rico, que fica a 600 metros ao norte das muralhas da antiga cidade romana, arqueólogos relataram não terem encontrado evidências de grades, fechaduras ou correntes para conter os 'moradores' do quarto.
Isso levou os pesquisadores a acreditarem que o controle dos cidadãos mais pobres de Pompeia "era exercido principalmente por meio da organização interna da servidão, em vez de barreiras e constrangimentos físicos", disse Gabriel Zuchtriegel, diretor do Parque Arqueológico de Pompeia.
Além das duas camas, o quarto ainda tinha dois guarda-roupas pequenos, várias vasos de cerâmica e diversos utensílios, como uma enxada de ferro. Dentro de uma ânfora, foram encontrados os restos mortais de dois camundongos, além de que um rato estava em uma jarra, relatou o Daily Mail.
Esses detalhes mais uma vez sublinham as condições de precariedade e falta de higiene em que viviam os escalões mais baixos da sociedade naquela época", relatou o Ministério da Cultura da Itália, em nota.
As explorações na villa Civita Giuliana foram iniciadas em 2017. Desde então, diversas relíquias foram encontradas na região — incluindo uma carruagem cerimonial e um estábulo contendo os restos mortais de três cavalos atrelados.
Importante ressaltar que há três anos, pesquisadores já haviam descoberto os restos mortais de dois homens: provavelmente um homem rico e seu escravizado. Enquanto o abastado, que tinha entre 30 e 40 anos, possuía uma estrutura óssea mais forte; o outro homem, entre 18 e 23 anos, possuía vértebras comprimidas, o que levou os arqueólogos a acreditarem que ele era um trabalhador braçal ou escravo.
Já na mais recente descoberta, as autoridades anunciaram que materiais como móveis e tecidos se decompuseram ao longo dos anos após serem cobertos por fragmentos de rocha, gás e cinzas do Vesúvio, deixando um vazio nos escombros.
Para descobrir os detalhes, os arqueólogos preencheram a área com gesso, o que permitiu criar moldes e descobrir a forma original e os contornos do material que desapareceu há anos — incluindo o contorno de um cobertor amassado deixado no mosquiteiro.
Parece uma fotografia... No entanto, esta é uma imagem de quase 2.000 anos atrás", disse o Ministério da Cultura.
O ministro da cultura, Gennaro Sangiuliano, disse que os esforços de conservação e pesquisa continuarão após a última descoberta. “O que estamos aprendendo sobre as condições materiais e a organização social daquela época abre novos horizontes para estudos históricos e arqueológicos”.
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