"Cristo Zombado" de Cimabue - Reprodução/Louvre/Hervé Lewandowski
Arte

Pintura pré-renascentista encontrada em cozinha de idosa tem destino revelado

A obra do século 13 foi encontrada durante uma faxina na casa de uma idosa francesa

Redação Publicado em 17/11/2023, às 17h26 - Atualizado às 19h32

Uma obra do artista florentino Cimabue, considerada um “tesouro nacional”, foi recentemente adicionada ao acervo do Museu do Louvre, em Paris. Acredita-se que pintura pré-renascentista Christ Mocked (“Cristo Zombado”, em tradução livre), foi produzida em 1280.

A novidade foi anunciada no último dia 2 de novembro pelo Ministério de Cultura da França, que caracterizou o quadro como um “marco crucial na história da arte, marcando a fascinante transição de ícone para pintura”.

Esquecido, este painel extremamente raro do grande pintor florentino pertencia a um grupo [de painéis] do qual apenas dois exemplos são conhecidos no mundo, na Frick Collection em Nova York e na National Gallery em Londres”, diz o comunicado da pasta.

O quadro, que mede 25 centímetros de altura por 20 centímetros de largura, retrata Jesus Cristo antes de sua crucificação. Ele foi encontrado em 2019, na cozinha de uma idosa durante a limpeza de sua residência localizada em Compiegne, uma cidade francesa. A pintura ia para o lixo se não fosse a intervenção dos familiares da proprietária, que entraram em contato com um especialista para avaliar obra. 

Valor recorde

Este profissional avaliou a pintura em 400 mil euros (cerca de R$ 2,1 milhões), antes de enviá-la a outro perito em Paris, que confirmou que a tela foi produzida por Cimabue. Naquele mesmo ano, o quadro foi vendido a Fabrizio Moretti, um negociante londrino, por 24 milhões de euros (quase R$ 128 milhões).

Após o lance recorde, o ministério da cultura da França taxou a obra de “tesouro nacional” e proibiu que ela fosse exportada, além de conceder ao Louvre 30 meses para arrecadar o valor necessário para adquiri-la. 

Em seu portal, o Museu do Louvre anunciou que a tela pré-renascentista, agora uma das obras mais antigas de seu acervo, será a peça de destaque em uma exposição de 2025, após uma batalha que se estendeu por cerca de quatro anos para mantê-la na França. 

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