Irina Maniukina tocando piano em sua casa destruída - Divulgação/Twitter
Ucrânia

Pianista que viralizou tocando em casa destruída não sairá da Ucrânia

O vídeo de Irina Maniukina tocando piano após ter sua casa destruída por um bombardeio das tropas russas ao sul de Kiev circulou nas redes sociais

Redação Publicado em 28/03/2022, às 11h47

O vídeo da ucraniana Irina Maniukina tocando piano para se despedir de sua casa, que havia sido destruída e estava repleta de estilhaços de janelas após um bombardeio das tropas russas ao sul de Kiev, viralizou nas redes sociais nos últimos dias.

Agora, a microempresária natural da cidade de Bila Tsrkava afirmou em entrevista ao programa Fantástico que não quer deixar a Ucrânia e que a população quer proteger o país das forças de Vladimir Putin para se reerguer.

"Não temos medo e vamos proteger o nosso país. Tenho certeza que a Ucrânia vai vencer, vai reconstruir tudo o que perdeu e voltar a ser um país forte e lindo", declarou Maniukina.

Na Ucrânia! Pianista despedindo-se pic.twitter.com/jHFr8GOiJM

— Pelo Bem do Brasil (@pelobemdobrasil) March 19, 2022

Segundo a mulher, ela estava em um mercado próximo quando uma bomba caiu a apenas poucos metros de onde morava. A pianista disse que ficou em “estado de choque” ao chegar em casa e ver o que havia acontecido.

"Eu estava em estado de choque. A música foi um instrumento que encontrei para tentar sair daquela situação", explicou.

O registro foi feito pela filha de Maniukina, que ficou sabendo da grande repercussão somente duas semanas de o vídeo ser postado nas redes sociais. Ele recebeu milhões de visualizações.

"Acabei escolhendo Chopin, porque ele transmitia meus sentimentos, o estado da minha alma naquele momento", contou a ucraniana sobre a escolha da música, completando que tinha pensado em tocar Franz Schubert, mas que não tinha aquecimento o suficiente por conta do frio.

A mulher deixou Kiev e se mudou para a cidade de Zhovka, próxima à fronteira com a Polônia. Ainda assim, declarou que não pretende deixar a Ucrânia, segundo reportou o UOL. 

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