Com mais de 2 mil anos, a múmia passou por escaneamentos e até tomografia para ter o rosto reconstruído digitalmente
Wallacy Ferrari Publicado em 12/11/2022, às 12h50 - Atualizado em 23/02/2023, às 20h50
Um grupo de pesquisadores conseguiu reconstruir, com o auxílio de mecanismos de escaneamento 2D e 3D, reproduzir o rosto da mais antiga múmia egípcia grávida do mundo, possibilitando o reconhecimento de suas características após mais de 2 mil anos de seu falecimento. O resultado foi divulgado em 2022.
Estima-se que 'A Dama Misteriosa', como foi batizada ao ser encontrada durante escavação no Egito por arqueólogos poloneses em 1826, tenha morrido aos 20 anos de idade, quando estava na 28ª semana de gravidez, com a suspeita de que ela pode ter sofrido de um câncer.
Os cientistas também desconfiam que ela pode ser o mais antigo espécime humano embalsamado por conter um bebê em seu ventre. Para tais constatações, a múmia passou por tomografias computadorizadas e escaneamentos em seu crânio, cooperando para a reprodução digital de seu rosto.
Em entrevista ao tabloide britânico The Mirror, a antropóloga forense italiana e membro do Projeto Múmias de Varsóvia, Chantal Milani, explicou que os ossos possibilitam a reprodução de importantes informações.
"Embora não possa ser considerado um retrato exato, o crânio como muitas partes anatômicas é único e mostra um conjunto de formas e proporções que aparecerão no rosto ao ser finalizado", acrescentou a pesquisadora.
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