Esqueleto fossilizado em imagem - Cypress Hansen/Museu de História Natural de San Diego
Paleontologia

Pesquisadores encontram fóssil de ancestral dos cães de 24 milhões de anos

O 'cachorro antigo' está com os ossos íntegros, com exceção do rabo, podendo ser de espécie inédita

Wallacy Ferrari Publicado em 04/05/2022, às 13h22

Uma equipe de pesquisadores localizou um curioso fóssil de uma espécie de canídeo predador durante uma expedição em San Diego, nos Estados Unidos, revelando tratar-se de um raro esqueleto do ancestral dos cachorros, pertencente a um grupo de animais intitulado Archeocyons.

A descoberta foi revelada pela agência Tribune Content na última terça-feira, 3, e detalhou que a criatura teria vivido no período Oligoceno, estimado entre 24 e 28 milhões de anos atrás, muito antes dos registros mais antigos domesticação de cães por humanos, destinados a caça. Contudo, ainda não há certeza se o fóssil é de uma espécie inédita.

Ele teve sua escavação iniciada em 2019, após a abertura de um espaço para uma construção, sendo descoberto entre pedaços de arenito e lamito. Após a retirada cuidadosa, foi levada por paleontólogos ao Museu de História Natural de San Diego, que realizam análises laboratoriais para entender a origem do animal.

Imagem aproximada de cabeça de canídeo fossilizada / Crédito: Cypress Hansen/Museu de História Natural de San Diego

 

Exames minuciosos

Apesar do desconhecimento da espécie, a assistente de curadoria, Amanda Linn, explicou ao Phys.org que as características externas iniciais do fóssil já indicavam uma espécie antiga de canídeo. Agora, tentam recriá-lo digitalmente para analisar como eles se locomoviam, se relacionavam com outras criaturas e até mesmo, como eram seus hábitos de casa.

“Toda vez que eu descobri um novo osso, a imagem ficou mais clara. Eu dizia: 'Olha, aqui é onde esta parte se encaixa com este osso, aqui é onde a coluna se estende até as pernas, aqui é onde está o resto das costelas'”, recorda a pesquisadora, acrescentando que a única parte do animal que não está inteira é a cauda.

+Confira o artigo da descoberta completo em inglês

Estados Unidos arqueologia escavação DNA cachorro Paleontologia cão canídeo

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