De deusa serpente a jarra de órgãos, os itens encontrados em Saqqara impressionam pela confecção delicada e conservação impressionante
Wallacy Ferrari Publicado em 04/05/2020, às 05h00 - Atualizado às 07h46
O Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito anunciou no último domingo, 3, que uma série de novos túmulos e ornamentos funerários foram encontrados no Complexo de Oficinas de Mumificação da 26ª Dinastia, com itens datados entre 664 e 525 a.C., descobertos em Saqqara.
Descoberto em 2018, a equipe arqueológica do Ministério, em parceria com cientistas da Universidade de Tübingen na Alemanha, conseguiu encontrar, ao longo de dois anos, 54 múmias e esqueletos, além de cinco sarcófagos e alguns vasos contendo órgãos de falecidos. Além dos itens embalsamados, diversos artefatos surpreenderam a equipe de pesquisa.
Um deles é o conjunto de seis vasos canópicos (dois a mais que o tradicional), que pertencem a uma das enterradas — uma mulher, identificada como Didibastett — que foi encontrada junto aos recipientes com seus pulmões, estômagos, intestinos e fígado, com cada um dos frascos com a proteção de um deus egípcio. Os deuses Imsety, Duamutef, Hapi e Qebehsenuef eram conhecidos como filhos de Hórus e personificavam os itens.
Uma máscara dourada, feita com prata e olhos confeccionados com pedras preciosas, como calcita e obsidiana, também foi encontrada. A máscara foi encontrada no rosto do que a equipe acredita ser a principal múmia do Complexo; conhecida como Niut-shaes, a deusa serpente teve também dois sacerdotes enterrados na mesma câmara funerária.
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