Nesse sentido, mais de 2 milhões de cariocas vivem em áreas comandadas pelo poder, que é majoritariamente policial
Pamela Malva Publicado em 19/10/2020, às 11h00
Quando falamos da violência no Rio de Janeiro, muitos automaticamente pensam no Comando Vermelho, no tráfico. Segundo foi revelado pelo Mapa dos Grupos Armados do Rio de Janeiro, todavia, a milícia é quem domina a maior parte do estado.
No total, os milicianos controlam cerca de 57% da capital, enquanto as três facções que lideram o tráfico comandam, juntas, outros 15%. Todos os dados partiriam da parceria entre o Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos da UFF, o Núcleo de Estudos da Violência da USP, o Disque-Denúncia e as plataformas Fogo Cruzado e Pista News.
Com base no novo estudo, o Estadão Conteúdo, via UOL, revelou que 2,2 milhões de moradores da região (um a cada três) vivem em zonas comandadas pela milícia. Nesse sentido, 25% da capital vive em constante disputa territorial.
Formada majoritariamente por policiais, a milícia está se espalhando rapidamente pela região metropolitana do Rio. Isso mostra que os milicianos vêm ganhando poder, enquanto o Comando Vermelho perde sua força e dominação territorial.
Tendo ganhado amplitude a partir dos anos 2000, as milícias estão desconstruindo a sensação de paz que tentam criar há anos. Segundo o pesquisador Daniel Hirata, da UFF, elas têm entrado "em disputas territoriais violentas".
Além disso, o especialista aponta que a atuação dos grupos se baseia em controlar os bairros ilegalmente, "cobrando taxas extorsivas sobre os serviços essenciais como água, luz, gás, TV a cabo, transporte e segurança, além do mercado imobiliário".
Atualmente, em constante expansão, a milícia tem dominado diversas áreas do estado do Rio de Janeiro. Segundo o Mapa, o poder está espalhado pela zona oeste, pelo oeste metropolitano, pela Região dos Lagos e, por fim, pela Região Serrana.
Com cenas inéditas, 'Calígula' volta aos cinemas brasileiros após censura
Jornalista busca evidências de alienígenas em documentário da Netflix
Estudo arqueológico revela câmara funerária na Alemanha
Gladiador 2: Balde de pipoca do filme simula o Coliseu
Túnica atribuída a Alexandre, o Grande divide estudiosos
Quebra-cabeça: Museu Nacional inicia campanha para reconstruir dinossauro