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Pesquisa global aponta que pessoas acreditam que capitalismo está fazendo “mais mal do que bem”

Levantamento feito em 28 países, com mais de 34 mil pessoas, foi divulgado antes dos início das reuniões no Fórum Econômico Mundial

Fabio Previdelli Publicado em 20/01/2020, às 17h33

O capitalismo está fazendo “mais mal do que bem”. Pelo menos é isso que acredita a  maioria das pessoas que foram entrevistadas pela Edelman Trust Barometer — uma empresa norte-americana de comunicação que há mais de duas décadas investiga milhares de pessoas em suas instituições centrais.

O estudo foi divulgado antes do início da reunião de líderes políticos e empresariais no Fórum Econômico Mundial, que começou hoje em Davos, Alpes Suíços. Ao todo, 56%, entre as mais de 34 mil pessoas, concordaram com a afirmação.

A Edelman contatou pessoas em 28 países — que vão desde democracias liberais ocidentais, como França e Estados Unidos, até aqueles que se baseiam em um modelo diferente, como China e Rússia. Esta foi a primeira vez que a empresa procurou entender como o próprio capitalismo era visto.

Os autores da pesquisa disseram que o estudo surgiu devido aos resultados de pesquisas anteriores mostrarem um crescente sentimento de desigualdade, o que os levou a questionarem se os cidadãos estavam começando a ter dúvidas sobre as democracias do Ocidente.

"As pessoas estão questionando se o que temos hoje e o mundo em que vivemos é otimizado para que eles tenham um bom futuro," afirma David Bersoff, pesquisador principal do estudo produzido pela Edelman.

A pesquisa foi criada em 2000 para analisar as teorias do cientista político Francis Fukuyama, que após o declínio do comunismo, declarou que a democracia capitalista liberal eliminou ideologias rivais. Portanto, isso, representava "o fim da História".

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