A pedra está exibida no Museu Britânico, na Inglaterra, e revela motivos curiosos para as faltas no trabalho
Redação Publicado em 12/05/2023, às 16h57
Um artefato curioso que está exposto no Museu Britânico, em Londres, na Inglaterra, marca algo peculiar do “Ano 40” do reinado do faraó Ramsés II: As ausências de um grupo de trabalhadores do Egito Antigo. Uma tábua de pedra, mais especificamente de calcário, datada de 1250 a.C. revela um registro de cerca de 40 trabalhadores para 280 dias de trabalho no ano.
O texto presente no artefato está em hierático, que é um sistema de escrita egípcio, com vinte e uma linhas atrás e vinte e quatro na frente. O Museu Britânico descreve os detalhes: “Uma lista de quarenta nomes é disposta em colunas na borda direita de cada lado, seguida à esquerda por datas escritas em preto em uma linha horizontal”.
“Acima da maioria das datas há uma palavra ou frase em vermelho, indicando o motivo pelo qual esse indivíduo faltou ao trabalho naquela data”, completou. Segundo o site My Modern Met, os dias estão marcados por número e estação, por exemplo, “mês 4 do inverno, dia 24”.
Outra coisa curiosa é que a tábua relata as motivações pelas quais os funcionários não foram trabalhar. No dia mencionado anteriormente, um trabalhador chamado Pennub faltou ao trabalho porque sua mãe estava doente. Já um outro estava “sofrendo do olho” frequentemente.
De acordo com a Galileu, um trabalhador com o nome de Seba foi picado por um escorpião, enquanto outros tiveram que tirar folga para embalsamar e embrulhar seus parentes falecidos. Mas problemas de saúde e morte não eram as únicas razões das faltas. Auxiliar o escrivão ou buscar pedras também ocupava os dias dos trabalhadores. Ter “esposa ou filha sangrando”, uma referência à menstruação, também era um motivo recorrente.
Muitas vezes, os homens ajudavam as mulheres na vida doméstica neste período, então faltavam ao trabalho. Uma outra atividade curiosa é o preparo de cerveja. A fabricação da bebida era considerada uma atividade sagrada, pois era um fortificante diário associado a deuses como Hathor — divindade do amor, da beleza e do céu, sendo a protetora das mulheres.
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