Crítico do isolamento social e da participação do Estado na vida social, o internauta bolsonarista apoiou o "enterro político" de Dória
André Nogueira Publicado em 14/04/2020, às 10h12
Em passeata na Avenida Paulista pelo fim do isolamento social como forma de combate à pandemia de Covid-19, a celebridade de internet, Paulo Kogos, apoiou manifestações contra o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o chamou de neonazista em entrevista à Veja. O estudante de filosofia participou do carregamento de um caixão simbólico em ameaça de morte ao empresário tucano.
Após críticas da sociedade civil, que viu ato como irresponsável e gesto do caixão como desrespeitoso às vítimas do coronavírus, Kogos afirmou, em rede social: “Na verdade, o caixão simboliza o enterro político do João Doria, do nazismo, do comunismo e do ‘psdbismo'”. Ele considera a quarentena uma imposição indefensável, relacionando a sua defesa ao socialismo marxista.
Kogos também afirmou em entrevista que Dória faz com que “o resultado [da quarentena] seja mais danoso que a pandemia em si. O monitoramento da população por geolocalização e a tentativa de multar quem sai de casa mostra que ele é um neonazista no tocante ao totalitarismo e ao desprezo pelas liberdades civis”. Na ocasião, também defendeu o uso da cloroquina e criticou Mandetta, Ministro da Saúde.
O internauta bolsonarista ainda criticou a ação de João dória que proibiu temporariamente as missas no estado, para impedir aglomerações, chamando o governador de “inimigo dos cristãos” e comparando-o com Nero. Para Kogos, militante católico, essa foi a ação mais absurda do governo tucano.
A comparação feita entre Doria e Nero para Kogos existe por conta do histórico do imperador romano na perseguição da recém fundada seita cristã em seu governo, levando muitos seguidores de Jesus aos coliseus e cruzes como forma de execução e tortura. Tácito descreve Nero como um verdadeiro tirano, chagando a acusá-lo de proporcionar o incêndio que tomou Roma em 64.
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