Grávida, Solitude lutou ao lado da resistência no Caribe no século 19 e teve um trágico fim
Redação Publicado em 28/09/2020, às 09h17
No último sábado, 26, Paris inaugurou um parque onde será inserida a estátua de Solitude, uma mulher negra grávida que enfrentou os horrores do período em Guadalupe, Caribe, no século 19.
A inauguração foi realizada por Anne Hidalgo, prefeita da cidade. Filha de uma escrava africana com um marinheiro branco, Solitude se tornou uma “histórica heroína dos escravos de Guadalupe”, disse a cidade em comunicado.
O monumento em homenagem a Solitude será colocado no jardim, que também recebeu o nome da mulher. Segundo Anne, a heroína foi uma "mulher que, por sua valentia e seu compromisso com a justiça e a dignidade, abriu junto com outros o caminho para uma abolição definitiva da escravidão na França".
A prefeita também falou sobre a escultura: "Em breve, uma estátua desta heroína, a primeira de uma mulher negra em Paris, será colocada aqui".
Quem foi Solitude?
Presa e condenada à morte em 1802, a mulher havia englobado a resistência contra a decisão de Bonaparte em restabelecer o período da escravidão em Guadalupe, anos depois de o período ter sido abolido.
Grávida, Solitude encarou as tropas ao lado de mulheres, no entanto, acabou sendo detida e enforcada logo após dar à luz. Em meio às manifestações contra estátuas de símbolos responsáveis pelos horrores da escravidão, a homenagem a Solitude é uma vitória.
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