Desastre ocorrido em janeiro de 2019 deixou centenas de mortos
Giovanna Gomes Publicado em 29/03/2023, às 12h22
Na última, terça-feira, 28, a Vale anunciou que pagará US$ 55,9 milhões (equivalentes a R$ 289 milhões) para encerrar uma ação movida pela Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) após o rompimento da barragem da empresa em Brumadinho, no interior de Minas Gerais. A tragédia, que ocorreu em 25 de janeiro de 2019, deixou 270 mortos.
Segundo informações da Folha de S.Paulo, o acordo deve entrar em vigor após ser ratificado pelo Tribunal Distrital dos Estados Unidos para o Distrito Leste de Nova York.
"Além disso, a SEC não se oporá à moção da Vale para rejeitar todas as alegações de que a companhia agiu com intenção fraudulenta ou imprudente em relação às suas divulgações", disse a companhia. A empresa destacou que irá manter o compromisso de reparar os danos causados pelo rompimento da barragem.
Quatro anos após o rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão, que pertencia à Vale, bombeiros ainda procuram por três vítimas desaparecidas, enquanto a investigação sobre as responsabilidades pelo desastre segue avançando após diversos desdobramentos na Justiça brasileira.
Em uma nota, a Vale afirmou que a barragem era considerada segura por especialistas e em auditorias e que relatórios internacionais após a tragédia apontam que o rompimento ocorreu sem sinal prévio.
A empresa, no entanto, não comentou acerca dos demais pontos citados na denúncia, como o uso de declarações falsas de estabilidade.
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