Segundo pesquisadores, distância entre eles é a menor já encontrada entre dois buracos negros supermassivos
Fabio Previdelli Publicado em 01/12/2021, às 13h38
Uma pesquisa conduzida por Karina Voggel e outros cientistas da Université de Strasbourg, na França, apontou que dois buracos negros supremassivos, que estão a 1,6 mil anos luz de distância um do outro, devem se colidir em até 250 milhões de anos.
De acordo com os estudiosos, esse é o par mais próximo de nosso planeta e as distância entre os dois buracos negros supermassivos é a menor já relatada. Os detalhes do estudo foram publicados no jornal acadêmico Astronomy & Astrophysics.
O maior entre eles, conforme explica matéria publicada pela CNN, tem uma massa 154 milhões de vezes maior que o Sol. Já o menorzinho tem uma massa correspondente a 6,3 milhões de vezes em relação ao Astro Rei.
O par foi identificado na galáxia NGC 7727, localizada a cerca de 89 milhões de anos-luz de nosso planeta. O maior está no centro da NGC 7727 e o outro a 1,6 mil anos-luz de distância. Este segundo, aliás, de acordo com os pesquisadores, pode ter sido ‘engolido’ pela galáxia a bilhões de anos atrás.
Voggel explica que, em cerca de 250 milhões de anos, as duas regiões podem se colidir e se fundir, transformando-se em um único e colossal buraco negro.
“Esses processos astronômicos levam bilhões de anos, então, não podemos acompanhá-los no momento em que acontecem, mas nós apanhamos este durante o processo de fusão”.
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