Os asteroides 2019 PR2 e 2019 QR6 - Divulgação/TI Institute/UC Berkeley
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Par de asteroides mais jovem já detectado tem 300 anos

As rochas, que estão separadas a cerca de 1 milhão de km, foram nomeadas de 2019 PR2 e 2019 QR6

Isabela Barreiros Publicado em 09/02/2022, às 10h28

Em 2019, cientistas descobriram duas rochas passando perto da órbita da Terra e as identificaram como Asteroides Próximos à Terra (NEAs, da sigla em inglês). Agora, o par de asteroide também foi considerado o mais jovem já encontrado.

Segundo um estudo publicado na revista científica Monthly Notices of the Royal Astronomical Society no último dia 2 de fevereiro, as rochas nomeadas de 2019 PR2 e 2019 QR6 tem apenas 300 anos de idade.

Elas foram vistas pela primeira vez a partir do telescópio Pan-STARRS1, no Havaí, além do programa de monitoramento Catalina Sky Survey, no estado norte-americano do Arizona, que perceberam que os asteroides estão separados a cerca de 1 milhão de quilômetros.

Os pesquisadores do Instituto Astronômico da Academia Tcheca de Ciências foram responsáveis por descrever a pouca idade dos asteroides, cujos tamanhos são 1 km de diâmetro e o outro, menor, com metade desse tamanho.

Foram usadas técnicas de modelagem e observações importantes de detecções feitas pelo no Catalina Sky Survey pelo menos 14 antes da identificação das rochas para estimar a idade da descoberta.

Para os cientistas, é provável que elas tenham vindo de uma pedra original, hipótese apoiada pelo fato de que os objetos possuem superfícies semelhantes entre si e que possuem órbitas parecidas ao redor do Sol, como reportou a revista Galileu.

o entanto, como ainda não é possível ter certeza da formação dos asteroides, os cientistas tiveram que desenvolver uma simulação do seu corpo original para entender como ele teria sido em forma de cometa. Para eles, o corpo teria jatos de gás, cujo resultado seria as atuais órbitas das rochas.

Ainda assim, não foi possível encontrar sinais de atividade cometária tanto em 2019 PR2 quanto em 2019 QR6.

“Portanto, permanece um mistério como esses objetos podem ter passado de um único corpo parental, para objetos individualmente ativos, e daí para o par inativo que vemos hoje em apenas 300 anos”, explicou Nicholas Moskovitz, cientista que participa do estudo.

A expectativa é que a equipe possa entender mais sobre os asteroides a partir de 2023, ano em que os dois objetos estarão novamente sob o alcance dos telescópios, como informou o líder da pesquisa, Petr Fatka, membro da Academia Tcheca de Ciências.

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