Apesar da advertência, líder da Igreja Católica explica que seu pensamento não se refere aos homossexuais. “Minha referência é mais ampla e diz respeito a uma raiz cultural perigosa"
Fabio Previdelli Publicado em 11/02/2020, às 14h22
O papa Francisco criticou novamente a “teoria do gênero” em um livro-entrevista que foi publicado nesta terça-feira, 11, na Itália. “[Essa teoria] quer minar a Humanidade em todos os campos e em todas as variações educacionais possíveis", disse o líder da Igreja Católica.
O pontífice também declarou que o conceito é imposto “de cima por certos Estados como o único caminho cultural possível a ser seguido”. Essa não é a primeira declaração sobre o assunto feito por Francisco, o tema já havia sido abordado brevemente em um trabalho dedicado ao papa João Paulo II.
No entanto, ele adverte que seu pensamento não diz respeito aos homossexuais, muito pelo contrário, ele ratificou que os mesmo são bem-vindos na Igreja Católica. “Minha referência é mais ampla e diz respeito a uma raiz cultural perigosa".
O pontífice argentino expressa que a teoria de gênero “propõe implicitamente a destruição na raiz do projeto de criação de Deus para cada um de nós: a diversidade, a distinção". Segundo ele, o conceito quer "tornar tudo homogêneo, neutro. É o ataque contra a diferença, contra a criação de Deus, contra o homem e a mulher".
Para referenciar seu pensamento, ele usou de exemplo o episódio bíblico da Torre de Babel. O líder católico disse que almeja "simplesmente alertar contra a tentação de cair no que foi o projeto maluco dos habitantes de Babel".
"Não é apagando a diferença que vamos nos aproximar, mas é acolhendo o outro em sua diferença", finalizou Francisco.
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