Em julgamento, Monique Olivier admitiu que seu marido, Michel Fourniret, espancou, estuprou e estrangulou Joanna Parrish em 1990
Fabio Previdelli Publicado em 30/11/2023, às 13h45
Monique Olivier, esposa do serial killer francês Michel Fourniret, conhecido como o 'Ogro das Ardenas', confessou que seu antigo parceiro — falecido em 2021 — espancou a estudante britânica Joanna Parrish até deixá-la inconsciente.
Após isso, Fourniret ainda estuprou a vítima, que tinha apenas 20 anos na época do crime, em 1990, antes de estrangulá-la e jogar seu corpo em um rio. Parrish só foi encontrada, já sem vida, na manhã seguinte (em 17 de maio).
+ Monique Oliver: Como agia a esposa do serial killer mais prolífico da França
Desde a última terça-feira, 28, Monique Olivier — que já possui condenação por prisão perpétua por ser cúmplice do marido — está sendo julgada por ajudar o serial killer no sequestro e assassinato de Joanna e outras duas vítimas: Marie-Angèle Domèce, de 19 anos, em 1988; e Estelle Mouzin, de nove anos, em 2003. Os corpos delas jamais foram encontrados.
"Michel perguntou à menina [Joanna Parrish] se ela era virgem, se tinha namorado. Ele disse a ela para se despir e ela recusou. Ele bateu na jovem até ela ficar inconsciente e depois a estuprou. Então ele a estrangulou", disse Olivier à polícia em depoimento que ela, mais tarde, retirou.
Ele então pegou o corpo nu dela e jogou-o no rio", acrescentou.
Conforme repercute o The Guardian, na tarde de última quarta-feira, 29, Didier Safar, o juiz que presidiu o julgamento, pediu a Olivier que se levantasse e esclarecesse a sua posição.
"Após minha declaração de ontem, você fez poucos comentários. Eu gostaria de fazer uma pergunta a você. Qual é a sua posição sobre as três acusações contra você?", questionou.
Oliver, que estava de pé, então começou a falar: "Reconheço todos os fatos, os três fatos pelos quais estou sendo acusada". O juiz prosseguiu: "Em outras palavras, você admite os fatos nos casos Parrish, Domèce e Mouzin?". Oliver assentiu.
Estudante de línguas da Universidade de Leeds, Joanna Parrish se mudou para Borgonha em 1989, quando tinha apenas 20 anos. Ela passaria oito meses na cidade para atuar como professora assistente no Liceu Jacques-Amyot.
Como estava economizando para se casar, Joanna acabou colocando um anúncio no jornal oferecendo seus trabalhos como professora particular de inglês e até mesmo como babá. Em 16 de maio de 1990, ela foi contratada por Fourniret — que disse que queria que a mulher ensinasse seu filho.
Ela só foi encontrada na manhã seguinte, quando seu corpo nu e amarrado foi localizado a cinco quilômetros da cidade. Joanna havia sido espancada, estuprada e, posteriormente, estrangulada.
Inicialmente, os pais da vítima ficaram chocados com a forma indiferente que a polícia francesa conduziu o caso: sem convocar testemunhas ou tentar encontrar material genético do possível suspeito.
Fourniret e Olivier, que viviam a cerca de 20 quilômetros da cidade, só foram presos em 2003, na Bélgica, após uma garota de 17 anos, que havia sido sequestrada, conseguir fugir e procurar a polícia.
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