O ex-líder do Barão Vermelho comentou a possibilidade em conversa com Marília Gabriela no ano de 1988
Wallacy Ferrari Publicado em 13/03/2022, às 10h00 - Atualizado em 09/12/2022, às 10h27
Conhecido por suas composições poéticas e comportamento enérgico, Cazuza marcou a música brasileira com grandes canções e com sua personalidade forte, se tornando uma das maiores referências dos anos 1980.
Contudo, a inesperada infecção com o vírus da AIDS, na década onde a doença chamava atenção do mundo pelo desconhecimento, interrompeu sua promissora trajetória aos 32 anos de idade, em 1990.
Visto que era cultuado também pelas opiniões cotidianas, expressas em canções, textos ou em depoimentos, sua partida deixou um gosto de saudade no imaginário popular brasileiro, que imagina como o astro reagiria a tantas passagens marcantes no mundo durante as últimas quatro décadas.
Contudo, um tema amplamente debatido nos dias atuais já foi pautado pelo músico ainda em vida, no ano de 1988.
Em entrevista à jornalista Marília Gabriela, ele abordou diversos assuntos pessoais, mas ao ser indagado sobre o clássico triplete de “sexo, drogas e rock n’roll”, ele abordou a segunda opção, comentando a possibilidade vaga, mas possível, da aplicação de uma política de legalização das drogas no Brasil.
De acordo com ele, uma leitura da revista norte-americana The Economist o convenceu de que a melhor, e de acordo com ele, única maneira de salvar a juventude das drogas é liberando e adequando sua comercialização, comparando com a atividade das farmácias.
Quando você vê na rua uma drogaria, é um lugar que vende droga. Vende calmante, excitante, mas devia vender cocaína, maconha. Se você vai ao médico e ele diz que você é uma pessoa que gosta de drogas e precisa, teria uma receita. Eu sou uma pessoa que precisa de drogas. Para viajar um pouco. Meu estado natural me cansa e me dá tédio. Minha droga é meu whiskinho. Adoro!”, explicou
Em contrapartida, ele dissociou as drogas como um caminho de felicidade; revelou um caso pessoal onde teve de se policiar para que não colocasse a saúde em prova, mas enalteceu que a causa não foi a droga, mas o exagero.
Hoje em dia diminuí bem. Coloco metade whisky e metade água. Mas jamais vou parar de beber. Estou bebendo de maneira mais adulta. Temos que ir nos educando. Admito que faz mal para a saúde. A maconha faz mal, mas eu não posso causar mal nenhum a não ser a mim mesmo. Tudo faz mal", concluiu.
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