Dilma e Lula durante compromisso - Getty Images
Lula

O pedido de Dilma para Lula caso fosse citada em sabatina do Jornal Nacional

O ex-presidente e atual candidato à presidência da República foi o entrevistado da noite no Jornal Nacional

Redação Publicado em 25/08/2022, às 21h56

Após sabatinas com os políticos Jair Bolsonaro (PL) e Ciro Gomes (PDT), os  âncoras William Bonner e Renata Vasconcellos, do Jornal Nacional, da TV Globo, entrevistaram o ex-presidente e candidato as eleições presidenciais Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

Durante a conversa, realizada nesta quinta-feira, 25, o petista deu sua visão sobre temas cruciais para o cenário dos brasileiros. Na entrevista, o candidato discutiu economia, corrupção, falou sobre a situação de fome no Brasil e promessas para o futuro, caso vença a disputa.

Durante a entrevista, William Bonner citou o Governo Dilma (PT) ao mencionar a 'a maior recessão em 25 anos e uma explosão da inflação'. Com isso, o âncora questionou se Lula colocaria em prática a receita petista de Dilma Rousseff.

"Mas ainda na economia, depois dos seus dois mandatos, candidato, veio o governo Dilma. E o governo Dilma se notabilizou por tentar induzir o crescimento da economia brasileira fazendo... aumentando gastos públicos, e também segurando aumento de preços de combustíveis, aumento de preços de energia. O resultado disso foi a maior recessão em 25 anos e uma explosão da inflação. Daí, a pergunta: O senhor, uma vez eleito Presidente da República, mais uma vez, vai implantar na política econômica qual das receitas petistas? A do seu primeiro mandato, ou a receita petista do mandato de Dilma Rousseff?", questionou o âncora.

O pedido

Ao responder, o ex-presidente mencionou que Dilma fez um pedido, caso fosse mencionada durante a entrevista em rede nacional. 

"Bonner, sábado eu estive com a Dilma no Vale do Anhangabaú, em São Paulo. E a Dilma sabia que eu vinha aqui. E a Dilma disse para mim: Presidente, se perguntar do meu governo, não responda, fala para me convidar que vou lá discutir com eles. Mas o que eu quero dizer para você? Eu quero dizer primeiro que a Dilma é uma das pessoas que eu tenho mais profundo respeito pela competência e pela ajuda que ela me deu quando era chefe da Casa Civil", iniciou Lula.

Ele citou os equívocos cometidos pela ex-presidenta, mas também mencionou que existia uma 'dupla dinâmica' contra ela. 

"A Dilma fez um primeiro mandato presidencial extraordinário, porque crise se agravou, a crise internacional, e, mesmo assim, ela se endividou para poder manter as políticas sociais e para poder manter o emprego em 4.5%, que foi o menor desemprego que nós tivemos na história desse país, era como se fosse o padrão Noruega, padrão holandesa. Eu acho que a Dilma cometeu o equívoco na questão da gasolina, ela sabe que eu penso isso. Eu acho que cometeram equívoco na hora que fizeram 540 bilhões de desoneração, isenção fiscal de 2011 a 2040. E eu acho que quando ela tentou mudar, ela tinha uma dupla dinâmica contra ela: Eduardo, sabe, o presidente da Câmara, e o Aécio, no Senado, que trabalharam o tempo inteiro para que ela não pudesse fazer nenhuma mudança", disse Lula.

"Ela mandou uma medida provisória para mudar. Como aconteceu com o Fernando Henrique Cardoso, quando o Fernando Henrique Cardoso teve o segundo mandato, ele mandou medidas para poder evitar que o Brasil quebrasse, e ele tinha como presidente Câmara o Temer, que ajudou a aprovar as coisas, não trabalhou contra. E o presidente da Câmara, da Dilma, ele trabalhou contra o tempo inteiro a Dilma", finalizou ele. 

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