Martha de "Bebê Rena" e Fiona Harvey em entrevista - Divulgação/Netflix / Reprodução/Vídeo
Netflix

Netflix admite que inspiração para Bebê Rena não foi condenada por perseguição

Plataforma de streaming está sendo processada por Fiona Harvey desde junho por difamação; entenda a polêmica por trás da série de sucesso!

Fabio Previdelli Publicado em 31/07/2024, às 14h29

A Netflix admitiu que Fiona Harvey, mulher que inspirou a personagem Martha Scott no sucesso 'Bebê Rena', admitiu que a mulher nunca foi condenada por perseguir Richard Gadd, estrela e criador da trama.

Atualmente, a plataforma de streaming está sendo processada por Harvey por difamação, visto que a trama é apresentada como "uma história real". Vale mencionar, porém, que Fiona, em nenhum momento é apontada na série com seu nome verdadeiro, mas a mulher se apresentou publicamente como inspiração para a personagem. 

A admissão da Netflix acontece após o Ministério Público britânico afirmar ao Daily Mail que Harvey foi considerado inocente de uma acusação de enviar uma mensagem ofensiva, indecente, obscena e ameaçadora por meio de uma rede social à Gadd

Fiona perseguidora?

Conforme recorda o próprio Daily Mail, em maio, Benjamin King, diretor de políticas públicas sênior da Netflix no Reino Unido, disse aos parlamentares que a série era "uma história real do abuso horrível que o escritor e protagonista Richard Gadd sofreu nas mãos de uma perseguidora condenada".

Porém, seis dias depois, em carta enviada à Caroline Dinenage, do Comitê de Cultura, Mídia e Esporte do Parlamento Britânico, King esclareceu sua afirmação, admitindo que Harvey não havia sido condenada.

Eu queria esclarecer nosso entendimento de que a pessoa sobre quem o programa é transmitido — que em nenhum momento tentamos identificar — estava sujeita a uma ordem judicial e não a uma condenação", disse o diretor da Netflix em nota, conforme relatado em primeira-mão pelo Deadline. 

"O escritor de 'Bebê Rena' sofreu assédio sério durante muitos meses (como agora parece ter acontecido com muitos outros), o que teve um impacto significativo em seu bem-estar", seguiu. 

A notícia sobre a admissão da Netflix surge no mesmo momento em que Richard Gadd apresentou uma declaração de 21 páginas a um tribunal da Califórnia na segunda-feira, 29, alegando que foi "assediado e perseguido" por Harvey por "vários anos".

A principal reivindicação de Fiona Harvey, que entrou com uma ação por difamação no tribunal federal de Los Angeles em junho, é que a série a retratava como "uma perseguidora condenada duas vezes e sentenciada a cinco anos de prisão". 

Assim, ela alegou que a afirmação presente em Bebê Rena, que aponta ser uma série de uma "história real", era "a maior mentira da história da televisão".

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