No fundo do Mar Negro, jaz um navio grego de 2400 anos, quase perfeitamente preservado
Fábio Marton Publicado em 23/10/2018, às 12h24 - Atualizado às 13h22
A gente cobriu o começo desta história ano passado. Há quase exatamente um ano, arqueólogos marinhos do Black Sea Maritime Archaeology Program (Black Sea MAP) anunciaram o achado de 60 navios no fundo do Mar Negro, no que se chamou então de maior “achado da arqueologia marinha”. E agora anunciam, como parte da mesma descoberta, a confirmação que um desses navios foi datado por radiocarbono em 2400 anos.
O navio foi encontrado por um drone submarino a 80 km da costa da Bulgária e a 2 km de profundidade. Era um navio mercante grego e sua era é extremamente interessante: o século 5 a.C. (500 a.C. e 401 a.C., dentro da era de datação do navio ou um pouco antes), foi o auge do Período Clássico da Grécia, era das guerras com os persas, de Sócrates, Heródoto e Hipócrates, terminando com a Guerra do Peloponeso. Os gregos não viviam de guerra nem de filosofia: os habitantes de Atenas e outras cidades do litoral eram primariamente comerciantes.
“Isso irá mudar nosso entendimento de construção naval e navegação no mundo antigo”, afirma o arqueólogo Jon Adams, em nome da equipe. O Black Sea MAP não revelou a localização do navio e afirma que não pretende trazê-lo inteiro à superfície, por perigo de desintegração.
O fundo do Mar Negro é basicamente morto. A água do topo, com oxigênio, não se mistura com a do fundo, que termina totalmente anóxica e hostil à qualquer forma de vida, exceto por certas bactérias. Essas formas de vida decomporiam normalmente um naufrágio. Eis o segredo da preservação.
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