O músico Luyan Lopes - Divulgação
Brasil

Músico leva choque de guitarra e morre durante ensaio no RS

Luyan Lopes, de 24 anos, estava substituindo outro artista que não pôde apresentar-se no show, previsto para acontecer em São Borja no último sábado, 12

Isabela Barreiros Publicado em 16/02/2022, às 09h42

Um músico morreu durante uma passagem de som ao lado de sua banda em um palco situado em São Borja, a 584 km de Porto Alegre, ao manusear uma guitarra e sofrer uma descarga elétrica no último sábado, 12.

Luyan Lopes, de 24 anos, era vocalista da banda tradicionalista gaúcha Pankada de Veneira, que deveria se apresentar na cidade naquela noite. Segundo integrantes do grupo, o artista caiu no chão logo depois de receber a descarga elétrica.

Embora o atendimento médico tenha sido acionado na tentativa de socorrê-lo, ele já havia morrido antes de ser levado para o hospital, o que foi possível perceber quando socorristas do Samu (Serviço Móvel de Urgência) não conseguiram reanimá-lo.

Em entrevista ao UOL, os músicos presentes relataram que Lopes tocou nas cordas da guitarra e logo levou o choque. Eles não conseguiram retirar o instrumento da vítima, que ainda estava recebendo descargas, embora tivessem desligado a rede de eletricidade.

“Tudo aconteceu em cima do palco. O Samu fez a parte dele. Estávamos na passagem de som e chegamos a sentir um cheiro de queimado, mas não levantou suspeita. Logo que ele saiu do banheiro e foi em direção à guitarra, pegou um choque”, contou Marcelo Gomes, vocalista da banda.

“Não sabemos se teve algum curto, se foi algum fio desencapado, não sabemos o que aconteceu”, acrescentou.

Segundo Gomes, o músico não estaria tocando com o grupo naquela noite, pois estava substituindo outro artista que não pôde apresentar-se no show. Ele também deixaria o grupo por estar se preparando para o TAF (Teste de Aptidão Física) da Brigada Militar, depois de ter passado na prova objetiva no final de 2021.

"Ele chegou até a brincar, fazendo umas flexões, antes de iniciar a tocar no ensaio, dizendo que estava preparado", relembra o membro da banda, que acrescentou que não sabe se a Pankada de Veneira continuará em atividade.

“Eu, como vi as coisas acontecerem, não tenho mais nem clima para retornar aos palcos, porque o trauma é muito grande. O que vi foi surreal, muito estranho. É algo que nunca sairá da minha cabeça. (...) Não temos certeza da continuidade da banda”, afirmou.

Luyan não tinha filhos, mas deixa uma noiva. O sepultamento aconteceu no distrito de Itaó, em Itaqui, no último domingo, 13.

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