Imagem do monumento após a vandalização - Divulgação//Twitter/@southaferreira
Rio de Janeiro

Mural em homenagem a mulheres negras é depredado no Rio de Janeiro

Memorial Nossos Passos Vêm de Longe, dos artistas Rodrigo Mais Alto e Kleber Black, foi vandalizado com tinta branca na última semana

Alana Sousa Publicado em 21/07/2021, às 11h15

Um mural pintado há cerca de um mês em Cabo Frio, no Rio de Janeiro, traz uma poderosa homenagem a mulheres negras do país. No entanto, vândalos depredaram o monumento, dos artistas Rodrigo Mais Alto e Kleber Black, pintando o rosto das figuras de brando e apagando parte do desenho.

A imagem da vandalização do mural foi compartilhada no Twitter pela vereadora da cidade, Thais Ferreira. Na legenda, ela escreveu: “É com muita revolta que compartilho com vocês essas imagens do Memorial Nossos Passos Vêm de Longe, em Duque de Caxias. Os rostos das mulheres pretas, homenageadas por suas trajetórias de luta, foram vandalizados, apenas um mês depois da inauguração”.

NÃO VÃO NOS SILENCIAR!!

É com muita revolta que compartilho com vocês essas imagens do Memorial Nossos Passos Vêm de Longe, em Duque de Caxias. Os rostos das mulheres pretas, homenageadas por suas trajetórias de luta, foram vandalizados, apenas um mês depois da inauguração. pic.twitter.com/6nNNvOYw8d

— Thais Ferreira (@southaferreira) July 19, 2021

A professora Rose Cipriano, do Movimento Negro Unificado (MNU), uma das homenageadas no mural, fez um vídeo indignada na frente do memorial destruído. “Até quando teremos que aturar o racismo, esse ódio à trajetória das mulheres negras? Deixo todo nosso repúdio, mas digo que não nos calarão, não irão apagar a nossa história”, disse.

 

Além da educadora, o memorial conta com o rosto de outras figuras importantes para o Brasil como Mãe Beata de Yemanjá, a escravizada Maria Conga, Dona Leonor, Fátima Monteiro e ainda a vereadora assassinada Marielle Franco.

Em quatro dias, em 25 de julho, o Brasil comemorará o Dia da Mulher Negra, a data será marcada por uma manifestação e restauração da obra.

Brasil Rio de Janeiro História racismo mulheres Crime vandalização

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