Antes vistas apenas como coletoras, elas, na verdade, ocupavam entre 30% e 50% dos grupos de caça na América pré-histórica
Pamela Malva Publicado em 05/11/2020, às 08h00
Uma nova pesquisa da Universidade da Califórnia revelou algo inusitado. Segundo os resultados da análise, é provável que o papel das mulheres nos primeiros grupos humanos tenha sido bem diferente do que os cientistas imaginavam.
Antes do estudo, pensava-se que, na pré-história, os homens caçavam e as mulheres colhiam das plantações. Encontrada no sítio arqueológico de Wilamaya Patjxa, no Peru, todavia, a ossada de uma caçadora de 9 mil anos coloca toda essa teoria em cheque.
Publicada na Science Advances, a nova pesquisa “derruba a antiga hipótese do 'homem-caçador'”, segundo explicou Randy Haas, o principal autor do estudo. “Agora está claro que a divisão do trabalho era diferente — provavelmente mais justa”.
A partir da descoberta, os cientistas passaram a analisar diversos outros dados sobre o Pleistoceno e o início do Holoceno nas Américas. Entre um grupo de 429 indivíduos de 107 locais diferentes, 27 eram caçadores — sendo 11 mulheres e 15 homens.
Com isso, ficou claro que a participação das mulheres não era pontual: cerca de 30% a 50% dos caçadores nessas populações eram do gênero feminino. Agora, resta descobrir como as divisões de trabalho se davam em outros períodos e regiões.
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