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Mulher é condenada por matar o marido com veneno para ganhar herança e seguro de vida

17 anos depois, mulher foi condenada por ter matado o marido

Redação Publicado em 26/09/2022, às 09h36

Um crime ocorrido há 17 anos teve desdobramentos. Marcia Ligia dos Santos, que tem 41 anos, encara agora a condenação de 17 anos de prisão por ter matado o marido com veneno de rato. Conforme repercutido pelo G1, seu objetivo era ganhar a herança e seguro de vida do companheiro. 

Com a decisão, Marcia recebeu a condenação de 16 anos e 4 meses diante de homicídio triplamente qualificado. Além de 8 meses pela tentativa de estelionato, o que resultou em 17 anos de pena, em regime fechado.

O crime ocorreu em março de 2005 na cidade do Guarujá, em SP. Ao decidir a condenação de Marcia, o juiz destacou que ela pode apelar para cumprir a pena em liberdade, contudo, destaca que, inicialmente, ela não tem direito a converter a decisão em penas alternativas. A justiça enxerga que não existe outra penalidade capaz de suprir a agressão cometida no crime.

A vítima é José Jaime Martinez Garcia. Ele faleceu aos 49 anos após a ingestão de uma quantidade significativa de veneno para matar ratos, o que conhecemos como 'chumbinho'. Após a morte, a sua companheira encarou a acusação de matá-lo visando a herança e seguro de vida.

O crime

A fonte, com informações da denúncia, também explica que a agora condenada teria combinado o crime com outros nomes. Ela também foi acusada de atrasar cuidados médicos para o marido quando o mesmo passou a adoecer. 

O plano foi desmascarado meses após a morte de José, como indica o Tribunal de Justiça, diante das sindicâncias da seguradora. O corpo do marido de Marcia fora exumado com a perícia médico-forense, além da realização de um exame toxicológico. Como consequência, foi possível identificar a quantidade chamativa de chumbinho no corpo da vítima.

Com a prisão preventiva estabelecida no ano do crime, o primeiro mandado de prisão se deu em abril de 2011. Ainda no mesmo ano, em setembro, a prisão preventiva da então acusada foi revogada. O processo envolveu não só audiências, mas também o relato de diferentes testemunhas.

Já em 2015, Marcia teve o julgamento estabelecido, no entanto, pensou em recorrer e desistiu em seguida. Com os efeitos da pandemia de covid-19, ela passou por um júri na última quinta-feira, 22.

A defesa da condenada foi contatada pelo G1, no entanto, ainda não respondeu.

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