Na imagem, copos do Starbucks dispostos sobre mesa - Getty Images
Starbucks

Mulher branca demitida pelo Starbucks diz ter sido vítima de racismo

Ex-gerente regional do Starbucks, que atuava na Filadélfia, venceu processo milionário contra a empresa

Redação Publicado em 15/06/2023, às 11h04

Uma ex-funcionária branca do Starbucks na Filadélfia, nos Estados Unidos, ganhou um processo no valor de US$ 25,6 milhões (cerca de R$ 123,3 milhões) após acusar a empresa de demiti-la por racismo.

A decisão judicial foi proferida em 12 de junho, segundo o portal de notícias UOL. No entanto, o Starbucks nega a acusação e alega que a mulher, que ocupava o cargo de gerente regional na época dos acontecimentos, não soube lidar adequadamente com um caso de racismo envolvendo dois homens negros em uma de suas lojas. O caso foi reportado pelo jornal The New York Times.

O episódio

Em abril de 2018, dois homens negros foram presos depois que um funcionário da loja chamou a polícia quando eles pediram para usar o banheiro. Embora tenham sido posteriormente liberados, o incidente ganhou repercussão na época devido ao viés racial envolvido. Posteriormente, os dois homens chegaram a um acordo compensatório com a companhia.

Shannon Phillips, ex-gerente regional responsável por cerca de 100 lojas, foi demitida após o caso. Ela afirma que, após a repercussão, se recusou a seguir as ordens de sua superior, uma mulher negra, de demitir outro gerente branco acusado de comportamento discriminatório que, segundo Shannon, eram "alegações falsas".

A mulher alega ter sido usada como "bode expiatório" pela empresa, que não teria demitido o gerente negro responsável pela loja em questão. No processo, Phillips aponta que outros funcionários brancos também foram "punidos".

A Justiça considerou que o Starbucks violou direitos civis e leis de combate à discriminação racial. A condenação incluiu US$ 600 mil em compensações financeiras e US$ 25 milhões em danos para Phillips.

O The New York Times não obteve um posicionamento do Starbucks após a decisão, mas a ex-gerente expressou sua satisfação com o resultado. Segundo o jornal, a defesa de Shannon argumentou que ela apresentou evidências "contundentes" de que foi punida por ser branca.

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