Após 36 anos, Joanne Hayes foi absolvida da acusação de ter matado um bebê com inúmeras facadas
Fabio Previdelli Publicado em 19/12/2020, às 13h14
Após 36 anos presa injustamente por, supostamente, ter assassinado um bebê com inúmeras facadas, Joanne Hayes finalmente recebeu um pedido de desculpas do chefe da polícia da Irlanda e do ministro da Justiça do país. As informações são da BBC.
Agora, Hayes e sua família receberão uma compensação substancial por todo o tempo em que ficou presa. Além disso, também receberá uma declaração de que todas as conclusões do tribunal sobre o caso Kerry Babies sobre atos ilícitos eram infundadas e incorretas.
Com a notícia, a advogada de Hayes, Par Mann, leu uma declaração em nome de sua cliente agradecendo a todos que a apoiaram nos últimos 36 anos. "É a sincera esperança e crença de Joanne que, depois de 36 anos, o sofrimento e o estresse dessa provação finalmente tenham ficado para trás. Seu único pedido é que a privacidade deles [sua família] seja respeitada e que eles possam voltar para suas vidas em paz em sua comunidade local”.
O caso
Em 14 de abril de 1984, o corpo de um recém-nascido foi encontrado na praia de White Strand. Ele havia sido morto a facadas. Na ocasião, com 25 anos, Joanne Hayes estava grávida, no entanto, pouco depois, ela não foi vista com nenhum bebê, o que levou os investigadores a pensarem que ela havia matado a criança.
Com isso, Hayes acabou sendo presa. Posteriormente, ela e sua família teriam confessado o assassinato do bebê. Contudo, numa reviravolta, eles retiraram suas confissões, alegando que os policiais os coagiram a confessar o crime.
As investigações revelaram que Joanne deu à luz a um bebê, na fazenda da família. Entretanto, a criança morreu pouco depois de nascer e foi enterradoa no local. Porém, na busca de um autor do crime, os policiais acreditavam que às crianças (sendo a primeira vítima do crime) eram gêmeas, apesar de terem tipos sanguíneos diferentes.
Na ocasião, os investigadores associaram o dado ao pensamento de que Hayes havia mantido relações sexuais com dois homens diferentes ao mesmo tempo. O caso chocou a todos na Irlanda pela maneira como a vida sexual de uma mulher foi questionada publicamente.
Em 2018, testes de DNA concluíram que Joanne Hayes não poderia ter dado à luz o bebê encontrado morto. No ano passado, ela, sua filha e irmãos iniciaram um processo na Suprema Corte contra o comissário da Garda e o Diretor do Ministério Público.
Após meses de mediação, é esperado que o estado ofereça uma indenização de 1,5 milhão de euros (cerca de R$ 9,4 milhões); 300 mil euros para cada um de seus irmãos e mais 100 mil para sua filha.
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