Musk não mais preside a OpenAI e a criticou em fevereiro, ao afirmar que "não concorda" com o que a equipe queria fazer
Vanessa Centamori Publicado em 13/06/2020, às 16h00
A empresa OpenAI, que foi fundada e já teve como co-presidente, o CEO da Space X, Elon Musk, chamou de "perigosa demais para ser lançada" uma ferramenta desenvolvida pela própria companhia, no ano passado. Apesar disso, o laboratório de pesquisa está agora vendendo a tecnologia, baseada em inteligência artificial (IA).
Além disso, a ferramenta, que gera textos automaticamente, foi lançada no último mês de fevereiro. O lançamento ocorreu mesmo após a OpenAI dizer anteriormente que não abriria o software de código-fonte devido às preocupações de que a tecnologia era muito perigosa e seria mal utilizada.
Para evitar os já citados riscos, a companhia decidiu lançar o produto com uma interface de programação de aplicativos (API) em uma versão beta privada, em vez de fornecê-la de código aberto.
Para se ter uma ideia do poder da tecnologia, o sistema de IA escreve um texto inteiro com apenas uma frase. Segundo informou o The Guardian, é possível até criar um trecho no mesmo estilo e idioma do romance 1984, de George Orwell.
No entanto, a sofisticação do sistema preocupa especialistas, pelo fato dele poder ser capaz de criar fake news verossímeis para fins maliciosos. Outro problema é que a ferramenta não é supervisionada e trabalha apenas com dados raspados de aproximadamente 8 milhões de páginas da web.
No último mês de fevereiro, quando a OpenAI lançou a ferramenta, Musk criticou a decisão e disse que não estava "intimamente envolvido" com a companhia há mais de um ano, pois se focava mais nos assuntos espaciais da Tesla e na SpaceX. Ele salientou que "não concorda com o que a equipe da OpenAI" queria fazer.
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