Isis Valverde e Júlio Andrade discorreram sobre a história do casal de cangaceiros mais famoso do Brasil: "Não é Romeu e Julieta"
Felipe Sales Gomes, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 03/04/2025, às 16h45
Lampião e Maria Bonita são os cangaceiros que marcaram um capítulo sangrento da história do Nordeste. Agora, a trajetória dessa dupla chega às telas na série "Maria e o Cangaço", que estreia amanhã, 4, no Disney+.
Intérpretes dos protagonistas, Isis Valverde e Júlio Andrade comentaram ao portal Omelete sobre o desafio de transportar essa relação para a tela de uma forma que honrasse o amor entre os dois, sem esconder os espinhos de quem eles eram.
Não é Romeu e Julieta. Existia amor entre eles, mas existia uma dureza muito grande nesse amor”, definiu Valverde.
A série, que começa no meio de um tiroteio intenso, exigiu um grande preparo físico dos atores. “Pra mim, foi a primeira experiência de ação. Nunca tinha feito um personagem nesse lugar de correr, pegar arma, pular no cavalo fugindo de tiro. Mas acho que o mais difícil de tudo foi fazer isso com a roupa, a história, a pele”, disse Ísis.
Júlio Andrade destacou ao portal a força do imaginário popular em torno de Lampião: “Acho que essa história está muito dentro do nosso inconsciente coletivo. De repente, me vi lá, sendo o próprio Lampião, matando volantes, vivendo essa realidade”.
A relação entre Lampião e Maria Bonita também foi um dos focos do trabalho dos protagonistas. “Foi muito difícil, porque o Julinho é muito difícil”, brincou Valverde, antes de elogiar o colega: “Ele foi um puta companheiro de cena, realmente me ajudou a construir essa história”. Andrade retribuiu os elogios: “Quando um não estava conseguindo chegar na cena, o outro puxava. Foi um trabalho muito de parceria”.
A obra é baseada no livro Maria Bonita: Sexo, Violência e Mulheres no Cangaço, de Adriana Negreiros, que comentou ao Omelete sobre a transposição da história para a tela.
São obras que conversam, se respeitam e se complementam, mas também são completamente diferentes, com propósitos distintos”, explicou a autora.
Sobre a possibilidade de novas histórias ambientadas no cangaço, Negreiros foi direta: “Com a morte de Lampião e Maria Bonita, o que tinha de melhor a ser contado já demos conta. Agora penso em explorar outros territórios”.
A qualidade cinematográfica da série também foi destacada pelos atores. “Você tem profissionais incríveis, como o [diretor de fotografia] Adrian Tejido, que acabou de levar um Oscar. Isso faz diferença”, ressaltou Valverde.
Em um momento de crescente reconhecimento do audiovisual brasileiro, os atores também refletiram sobre a expansão do cinema e da TV nacional no exterior. “A chegada desse Oscar deu um gás pra todo mundo. Temos tantas histórias incríveis para contar, e agora estamos alcançando mais espaço lá fora”, afirmou Andrade.
Valverde acrescentou: “Temos que lembrar que ainda somos sub-representados em premiações internacionais, mas o importante é continuar contando as nossas histórias”.
Com um elenco dedicado e uma abordagem que equilibra realismo e dinamismo, "Maria e o Cangaço" promete trazer uma nova visão sobre os icônicos cangaceiros, mostrando o amor e a violência que marcaram suas trajetórias.
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