Vítima do Massacre de Tulsa, ocorrido há mais de 100 anos, foi identificada nos Estados Unidos; confira detalhes da descoberta
Redação Publicado em 25/12/2024, às 18h00
Os restos mortais de um adolescente que foi morto durante o Massacre de Tulsa, ocorrido há 103 anos, foram identificados por genealogistas como pertencentes a um jovem veterano da Primeira Guerra Mundial oriundo da Geórgia.
C.L. Daniel, cuja idade exata permanece incerta, estava entre os muitos que perderam a vida quando o próspero Distrito Greenwood, em Tulsa, Oklahoma, conhecido como Black Wall Street, foi incendiado em 1921 por uma multidão branca que buscava apagar décadas de história e conquistas da comunidade negra.
Originário da cidade de Newnan, na Geórgia, Daniel estava apenas de passagem por Tulsa a caminho de casa, quando eclodiu a violenta revolta racial.
Antes do incidente, ele havia servido nas forças armadas durante a Primeira Guerra Mundial, sendo posteriormente ferido e dispensado com honras.
Uma equipe forense tem se dedicado incansavelmente a localizar familiares das vítimas, incluindo aqueles ligados a Daniel.
Alex Whittler, apresentador da FOX 5 Atlanta, apoiou os esforços da equipe conectando pessoas dispostas a receber ligações sobre testes de DNA para confirmação. No momento, eles buscavam especificamente sobrenomes como Daniel, Meriweather, Bohannon e Vaughn.
Andrew Poythress já havia realizado um teste de DNA antes mesmo que a equipe forense o contatasse, informa o New York Post. Ele foi identificado como um "parente completo" de Daniel.
Surpreendentemente, também foram encontradas conexões positivas fora da Geórgia.
"Eles estavam tentando localizar várias pessoas chamadas 'Stacy Daniels'. Meu avô é Stacy Daniel. Isso me levou até eles," relatou Stacy "Daniel" Brown, residente na Flórida.
As investigações confirmaram que Stacy e Poythresses são primos, estabelecendo Daniel como seu tio.
A família conseguiu traçar sua ascendência até Amanda Meriweather, mãe viúva de Daniel e mãe de sete filhos. Ela havia tentado confirmar a morte do filho e buscar compensação pela sua dispensa militar, mas nunca obteve resposta.
“Ele escreveu cartas dizendo: 'Quero ir para casa. Preciso de ajuda para ir para casa, para minha mãe. Ela precisa de mim.' Ele deixou um endereço de encaminhamento em Wyoming — era para lá que ele iria antes de ser morto no massacre racial”, explicou Angela ao canal.
Recentemente, Daniel foi oficialmente sepultado durante uma cerimônia organizada pelo ex-prefeito de Tulsa, G.T. Bynum. O prefeito providenciou o deslocamento dos descendentes restantes de Daniel para dar ao veterano um descanso digno após mais de um século.
A família expressa o desejo de eventualmente transferir os restos mortais de Daniel para o cemitério onde seus pais estão enterrados.
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