O Patagotitan é o maior dinossauro já encontrado, com fêmur de mais de 2 metros
Éric Moreira Publicado em 09/09/2022, às 20h50
Em 2008, enquanto procurava uma ovelha perdida, um pastor argentino da província de Chubut — zona árida da Patagônia argentina — avistou uma protuberância diferente no solo, perto de uma rocha. A descoberta, no entanto, depois foi revelada se tratar de um osso — mais especificamente, o fêmur — de um dinossauro.
Porém, não bastava o pastor ter encontrado um fóssil: aquele simplesmente se tornou o fóssil do maior dinossauro já descoberto na História. O gigante, que recebeu o nome de Patagotitan mayorum, andou por aquela região há cerca de 100 milhões de anos, e possuía cerca de 40 metros de comprimento e pesava mais de 70 toneladas, como informado pela Veja SP.
Após a descoberta, pesquisadores do Museu Paleontológico Egidio Feruglio (MEF), da Argentina, acharam outras centenas de restos fósseis de animais da mesma espécie na região, o que lhes possibilitou reconstruir o animal quase que completamente.
A réplica feita em resina do grande animal, assim como seu grande fêmur — de 2,4 metros e 550 kg —, juntamente a outros fósseis desenterrados na Patagônia, farão parte da exposição 'Dinossauros — Patagotitan, o Maior do Mundo', no Pavilhão das Culturas Brasileiras (Pacubra), no Parque Ibirapuera, a partir do próximo sábado, 10.
O pescoço e o rabo precisaram ser montados como se ele estivesse meio abaixado, para caberem no salão de 6 metros de altura", conta Júlio César Figueiredo, sócio da Atual Produções, que será responsável pela exposição do Patagotitan.
Acredita-se, por sua vez, que o animal costumava se locomover com o pescoço abaixado mesmo, para que pudesse se alimentar das folhas das árvores — que muitas vezes eram até mais baixas que ele. O Patagotitan era uma das várias espécies de saurópodes que vagaram pelo mundo, grandes dinossauros quadrúpedes, de pescoço comprido e herbívoros.
Na exposição, ainda, além do maior dinossauro já encontrado, também poderá ser visto o 'brasileiro' Buriolestes schultzi, o mais antigo já descoberto, com uma idade aproximada de 233 milhões de anos. O animal, menor, bípede e carnívoro, foi encontrado na Formação Santa Maria, no Rio Grande do Sul, em 2015.
A exposição ficará disponível no Pavilhão das Culturas Brasileiras, no Parque do Ibirapuera, até o dia 4 de dezembro. Os horários de funcionamento serão de terça a sexta-feira, das 10h até 19h40, com entrada a R$ 40; e aos sábados e domingos das 9h às 19h40, por R$ 50. Crianças com até 2 anos de idade não pagam.
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