O julgamento dos envolvidos na morte de Lucas Terra foi iniciado na última terça-feira, 25
Redação Publicado em 26/04/2023, às 10h23
Mais de 20 anos após o crime que chocou o país, um júri iniciado na terça-feira, 25, julga os pastores acusados de serem responsáveis pelo assassinato de Lucas Terra, um adolescente de 14 anos. São eles: Joel Miranda e Fernando Aparecido da Silva.
Marion Terra, mãe da vítima, se dirigiu as sete pessoas que compõe o júri e pediu justiça pela morte de seu filho. O júri conta com duas mulheres e cinco homens.
"Nós já sofremos muito como pais. O meu filho eu não posso trazer de volta, eu não posso mudar o que aconteceu, mas eu sei que outros pais e outras mães estão com seus filhos. O que eu quero é que o nome, o sangue do meu filho seja honrado. O sangue do meu filho manchou a imagem dessa empresa disfarçada de igreja. O sangue do Lucas Terra clama por justiça", disse ela, conforme repercutido pelo Correio.
Também no primeiro dia, Marion disse que sempre achou que Silvio Roberto Galiza, o único condenado, não foi o único responsável pelo crime. Ela também acusou Fernando de proibir que os obreiros ajudassem nas buscas pelo filho.
"A gente sempre achava que o Galiza não tinha feito aquilo sozinho. Sempre achávamos que era o Fernando, desde o início, porque logo depois que aconteceu o crime, ele reuniu cerca de 800 obreiros cinco dias depois e proibiu que eles ajudassem nas buscas. Naquele momento, ninguém nem sabia de que forma Lucas estava, não havia nem sido encontrado o corpo ainda. Ele [Fernando] disse que eles não podiam se envolver, enquanto igreja, por causa de um Luquinhas qualquer, que um soldado morto tem que ser deixado para trás", resgatou ela.
No mês de março de 2001, Lucas Terra teria sido violentado e colocado em uma caixa de madeira, esta carbonizada. O único condenado pelo crime foi o pastor Silvio Roberto Galiza, que também acusou os pastores Joel Miranda e Fernando Aparecido da Silva.
A versão dita é que Lucas teria flagrado os dois em uma relação sexual dentro do templo da Igreja Universal do Reino de Deus, localizada no bairro Rio Vermelho, em Salvador.
Nesta semana, fora iniciado o julgamento que irá decidir o futuro dos pastores que são acusados de tirar a vida do menino. Ambos são julgados por crimes de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver.
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