Cientistas revelaram que o satélite entrou no que é chamado de antropoceno lunar, uma condição que teria sido causada pelo homem; entenda!
Isabelly de Lima Publicado em 16/01/2024, às 08h54
Um artigo publicado na revista Nature Geoscience em dezembro argumenta que a Lua entrou em uma nova era geológica, o "Antropoceno Lunar", resultado de mudanças provocadas pelas atividades humanas iniciadas há quase 65 anos, com a aterrissagem da espaçonave não tripulada Luna 2, da antiga URSS.
A NASA relata que a Luna 2 criou uma cratera ao pousar entre as regiões de Mare Imbrium e Mare Serenitatis, marcando o início dos esforços de exploração lunar. O principal autor do artigo, Justin Holcomb, explica que o conceito é semelhante à discussão do Antropoceno na Terra, avaliando o impacto humano no planeta.
"No entanto, quando consideramos o impacto dos veículos, das sondas e do movimento humano, eles perturbam significativamente o regolito", destaca Holcomb. Pelo menos 58 locais na superfície lunar foram perturbados por atividades humanas, incluindo pousos bem-sucedidos e malsucedidos, que resultaram em crateras.
A falta de atmosfera na Lua torna o satélite mais vulnerável a impactos, e as atividades humanas, como pousos de missões Apollo, deixaram um rastro de objetos, desde bandeiras até sacos de fezes. A pesquisa destaca que as mudanças na Lua não são naturais e não ocorreriam sem a intervenção humana, de acordo com o portal O Globo.
Com o renovado interesse lunar e a programada missão Artemis III, que prevê o retorno de astronautas à Lua em setembro de 2026, os pesquisadores enfatizam a necessidade de mitigar os efeitos prejudiciais nas paisagens lunares. Ao mesmo tempo, ressaltam a importância de preservar locais de pouso históricos, considerando-os parte da "herança espacial".
O desafio reside em equilibrar a exploração lunar com a preservação desses marcos históricos. Holcomb destaca a importância dessas marcas, entrelaçadas com a narrativa da evolução, buscando despertar o interesse não apenas de cientistas planetários, mas também de arqueólogos e antropólogos, trazendo consciência para a importância da Lua como parte integrante da história humana e espacial.
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