Jovem que tentou sacrificar colega a Slender Man deixa hospital psiquiátrico

Na última quinta-feira, 9 de janeiro, um juiz de Wisconsin ordenou a libertação de Morgan Geyser do hospital psiquiátrico que passou os últimos 11 anos. Hoje com 22 anos, a jovem chocou a mídia norte-americana em 2014 após tentar matar Payton Leutner, uma colega de classe, em sacrifício ao Slender Man, um popular personagem do terror.

No episódio de 2014, Geyser e outra colega, Anissa Weier, levaram Leutner para uma floresta durante uma festa do pijama. A primeiro momento, a vítima pensava que elas brincariam de esconde-esconde, mas acabou sendo esfaqueada 19 vezes por Geyser, enquanto Weier assistia. Na época, todas tinham apenas 12 anos.

Conforme repercute a Rolling Stone Brasil, Geyser e Weier — que deixou o mesmo hospital frequentado por Geyser em 2021 — teriam cometido a brutalidade para impressionar Slender Man, um personagem de terror que surgiu em um fórum de discussão na internet, para um concurso de Photoshop.

Porém, sua figura vestindo terno preto, sem rosto e com braços compridos conseguiu bastante popularidade, ganhando lendas, jogos e até mesmo um filme em 2018. Entre as histórias aterrorizantes envolvendo a criatura, surgiu inclusive a lenda de que o personagem sequestra crianças.

Em 2017, três anos após o crime, Geyser declarou-se culpada da tentativa de homicídio, e desde então vem sendo mantida em uma instituição psiquiátrica. Leutner, vale mencionar, sobreviveu ao ataque, sendo encontrada bastante ferida próxima a uma ciclovia.

Voltando à sociedade

O juiz responsável por ordenar a libertação de Geyser, Michael Bohren, afirmou durante julgamento que a jovem não é mais considerada um risco de segurança à sociedade, após concluir seu tratamento no hospital psiquiátrico Winnebago Mental Health Institute, em Wisconsin. Antes de conseguir liberdade plena, ela ainda deve passar 60 dias em uma casa de grupo, sob supervisão constante.

Ela fez o que tinha que fazer", declarou o juiz, com base nos laudos médicos.

Brooke Lundbohm, uma médica que acompanhou a jovem, também afirmou que Geyser parou de tomar antidepressivos há dois anos e, desde então, não tem apresentado sintomas. Deborah Collins, outra envolvida, afirmou que o mecanismo de enfrentamento da jovem está melhorando, e que ela não consegue se perdoar pelo que fez com Leutner. Por fim, Ken Robbins também defendeu que a manter no hospital apenas dificultaria ainda mais sua reintegração à sociedade.

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