Documento assinado nesta sexta-feira, 9, também garante outras proteções para mulheres
Isabelly de Lima, sob supervisão de Ingredi Brunato Publicado em 08/07/2022, às 14h55
Nesta sexta-feira, 8, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou um decreto que prevê a criação de novas medidas que facilitem o acesso das mulheres ao aborto e que as protejam de punições.
O conjunto de ações inclui apoio para clínicas de atendimento às mulheres, ampliação do acesso a remédios e a proteção de dados pessoais de quem realizar o procedimento.
Biden ainda fez uma série de ataques à decisão da Suprema Corte de limitar esse acesso: "Esta não foi uma decisão guiada pela Constituição. Foi um exercício de puro poder político", disse, conforme repercutido pela Folha de São Paulo.
O país caminha hoje para um território dividido entre aqueles estados que legalizam o aborto e aqueles que preferem proibi-lo.
Na semana passada, foi relatado que uma garota de dez anos, vítima de estupro, foi forçada a viajar para outro estado para encerrar a gravidez e, talvez, salvar sua vida. Alguém acredita que uma garota de dez anos deve ser forçada a ter um filho de um estuprador? Não consigo pensar em nada tão extremo quanto isso", concluiu Biden ainda.
O documento divulgado nesta sexta determina algumas ações que devem ser adotadas, mas a implantação ainda vai ser definida pelas agências federais. Entre as ações, está a de ampliar o acesso das mulheres à remédios abortivos, que possuem uso autorizado nos EUA, assim como de pílulas do dia seguinte e anticoncepcionais.
Além disso, o governo disponibilizará mais US$ 3 milhões para clínicas de planejamento familiar e ginecológicas. O governo de Biden também possui planos de ampliar as campanhas de comunicação e educação que informe as mulheres sobre o direito a ter acesso a tais tratamentos e medicamentos. Ainda segundo a Folha de São Paulo, porém, a efetividade dessas medidas ainda é incerta.
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